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Anac aprova interdição por tempo indeterminado de aeródromos em MG



07/10/2015 18h38 - Atualizado em 07/10/2015 18h38

Anac aprova interdição por tempo indeterminado de aeródromos em MG
Para Agência, falta infraestrutura em Formiga, Leopoldina e Monte Carmelo.
Medida é para não reportar interdições a cada trimestre à Aeronáutica.



Roberta Oliveira e Fernanda ResendeDo G1 Zona da Mata
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Detalhe da pista do aeródromo em Leopoldina
(Foto: Minas Drone/O Vigilante Online)

Os aeródromos das cidades de Formiga, na região Centro-Oestede Minas, Leopoldina, na Zona da Mata e Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, tiveram a interdição por tempo indeterminada confirmada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A informação consta na portaria nº 2.631, publicada no Diário Oficial da União no dia 1º de outubro. No texto, a Gerência de Controle e Fiscalização da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária ratificou a interdição de 11 aeródromos no Brasil, a partir da data de publicação. O G1 entrou em contato com os responsáveis em Minas Gerais e em todos há providências em andamento sobre a gestão dos locais.

Em nota, a assessoria esclareceu que, com a portaria, a Anac não precisa mais reportar a cada trimestre à Aeronáutica a continuidade da interdição. Além dos aeródromos mineiros, os demais locais em cidades de São Paulo, Goiás, Bahia, Pará, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul estão proibidos de receber operações aéreas há mais de seis meses por não terem infraestrutura adequada.

Também será solicitado ao Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) a exclusão deles das publicações aeronáuticas. Após esta medida, eles continuarão constando no cadastro aeroportuário da Agência e, para retomarem funcionamento, será necessário que o operador do aeródromo inicie processo administrativo junto à ANAC visando à desinterdição.
Em Leopoldina, interdição dura quase dois anos
(Foto: Minas Drone/O Vigilante Online)

Posicionamentos
Em Leopoldina, o aeródromo vinculado à Prefeitura fica na MG-120, estrada de acesso ao distrito de Piacatuba, e está interditado desde 13 de dezembro de 2013.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Valter Matos, explicou que é realizado um estudo por uma empresa de Belo Horizonte para determinar as obras e o orçamento necessário. “Os engenheiros virão a Leopoldina para elaborar o plano de reforma que atende os motivos da interdição. Precisamos fazer a construção do alambrado, o recapeamento de parte do aeroporto e melhorar os hangares”, explicou.

Ainda de acordo com Valter Matos, a Prefeitura sabe da necessidade da liberação não apenas para a cidade, mas para a região. “Precisamos do aeroporto funcionando porque apoia o desenvolvimento da cidade. Estamos buscando recursos junto aos governos Estadual e Federal. Se não for possível, faremos com verba própria. Pode demorar, mas será feito, pelo menos nossa expectativa é de conseguir até o término da atual administração”, ressaltou.

Em Formiga, no Centro-Oeste do estado, há um impasse sobre a gestão do aeródromo instalado na região rural, às margens da BR-354, que liga ao município de Arcos. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a Anac solicitou alterações, não soube precisar quais, no local nas gestões atual e anterior. O local está interditado desde 12 de abril de 2013. Segundo a assessoria, o Executivo deve enviar nos próximos dias um projeto de lei para a Câmara Municipal sobre a cessão da administração do aeroporto para uma associação. O texto ainda está em elaboração e detalhes não foram antecipados.

Um dos donos de hangares, Juliano Lopes, explicou ao G1 que ele e outros proprietários cobravam do Executivo ação sobre o aeroporto. “A Anac nos explicava os motivos da interdição, mas a Prefeitura é a responsável pela administração e deveria tomar as providências. Agora a interdição por tempo indeterminado é o resultado do descaso das autoridades municipais que não respondeu às várias notificações da Agência. Um grupo de pessoas interessadas no funcionamento está unido e gostaria de assumir a gestão. No entanto, a Prefeitura afirma que vai elaborar o projeto de lei e que será submetido aos vereadores para em seguida tentar um acordo com a associação. A gente sabe que nenhuma melhoria pode ser feita sem recursos”, disse.

Em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, o coordenador do aeródromo, João Vitor Alves Silva, disse que o local já está interditado há cerca de três anos e que até o fim do ano era propriedade particular e não podeia receber verbas públicas. O aeródromo fica na Rua Padre Cesar. "No começo deste ano a Prefeitura assumiu o local e buscava recursos e investimento para melhorias e alterações necessárias", disse.

Para Silva, a interdição é sinônimo de prejuízos. "Monte Carmelo é destaque na cafeicultura e na produção de telhas. Os empresários necessitam do aeródromo para agilizarem negócios. Tempo é dinheiro e este está sendo perdido com a interdição", comentou.

A Prefeitura da cidade, por meio da assessoria de comunicação, também comentou o assunto. Segundo o Município, a intenção é urbanizar a pista e tentar recursos para as adequações no aeródromo
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