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Associações contestam plano de retirada de voos do Campo de Marte


Qua 9/8/2017 - O prefeito de São Paulo anunciou na segunda-feira (7) um plano para desativar a pista de aviação e retirar os hangares (estacionamentos de aeronaves) do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, até 2020, no final de seu mandato.

A intenção – que repete uma ideia que não saiu do papel na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) – foi exaltada pelo tucano depois de uma cerimônia para oficializar a transformação de parte do terreno do Campo de Marte em parque municipal.

O Campo de Marte teve em 2016 mais de 84 mil pousos, decolagens e aulas de aviação. Ele não atende voos regulares de companhias aéreas comerciais, mas aviões particulares, jatos executivos e helicópteros, por exemplo. Uma eventual extinção de voos já é alvo de forte resistência de usuários.

Flávio Pires, diretor-geral da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), afirma que tem faltado diálogo. "As associações não foram procuradas. Somos contrários a qualquer iniciativa para diminuir a atividade do aeroporto ou fechá-lo. O Campo de Marte é o terceiro mais movimentado do Estado, atrás somente de Guarulhos e Congonhas."

Na gestão Haddad, a ideia de desativação do aeroporto foi condicionada à criação de terminais que pudessem servir como opção para os voos.

Doria disse nesta segunda que já existem várias alternativas ao Campo de Marte.

"Há aeroportos funcionais em operação e novos que serão implantados no entorno da região metropolitana de São Paulo. Mas já há [aeroportos em] Jundiaí, Sorocaba. Não há nenhum problema para acomodação da aviação geral", afirmou o prefeito.

Flávio Pires discorda. "Falar em Jundiaí ou Sorocaba só mostra que o prefeito não conhece esses lugares. Eles não comportam a atividade do Campo de Marte, e precisam evoluir em termos de controle de tráfego e de torre de segurança para chegarem ao mesmo nível."

"Nos Estados Unidos, há 5.000 pistas pavimentadas. No Brasil, apenas 700. Há um gargalo em estrutura aeroportuária. Fechar é fácil, construir é difícil", conclui.

"Ele [Doria] vai quebrar todas as empresas que estão ali. Empresas de 60 anos de existência. Cada hangar tem várias empresas especializadas, cuidando de manutenção de aeronaves, compra e venda, bases para empresas de táxi aéreo", afirma Jorge Bittar, presidente da Abtaer (Associação Brasileira de Táxi Aéreo e Oficinas de Manutenção).


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