De volta ao solo brasileiro, os esquadrões Gordo (1º/1º GT) e Cascavel (1º GTT) contabilizam os números do apoio dado às vítimas da enchente que deixou quase cem mortos no Peru. Foram 154 horas de voo divididas em 22 dias de missão, cumpridas por duas aeronaves C-130 Hércules – a primeira atuou entre os dias 21 de março e 1º de abril; a segunda, dessa data até o último dia 11. A média foi de 7 horas voadas por dia.
As tripulações realizaram transporte de 380 toneladas de carga, como mantimentos, água e medicamentos, além de quase 2 mil passageiros. O apoio da Força Aérea Brasileira foi dado nas localidades de Piúra, Tumbes, Chiclayo e Trujillo, áreas mais afetadas.
“Nos sobrevoos que fazíamos, sob regiões mais atingidas, víamos casas alagadas, estradas interditadas. Levávamos mantimentos e, quando retornávamos para Lima, a gente trazia passageiros, para que pudessem ter uma assistência melhor”, afirma o Capitão Rafael Portella Santos, um dos pilotos do Esquadrão Cascavel. Ele explica que os militares estavam bastante envolvidos no cumprimento dessa missão. “Nós realmente conseguimos ajudar e sentimos o agradecimento da população”, disse.
O Capitão Gustavo Magaldi, do Esquadrão Gordo, conta que a missão foi muito desafiadora, pois os brasileiros precisaram se adaptar ao modo de operação da Força Aérea Peruana. "Ao chegar em Lima e ver a quantidade de material que necessitava ser transportado, achamos que não conseguiríamos cumprir tão bem a missão. Porém, cada vez que víamos nos noticiários qual era o estado daquelas localidades, nos empenhávamos ainda mais para executar nossa atividade da melhor forma possível", afirma.
O volume anormal de chuvas no Peru foi causado pelo fenômeno El niño, que atingiu a costa do país andino e resultou em alagamentos e transbordamento de rios em diversas regiões. Estima-se que 670 mil pessoas tenham sido afetadas, e entre elas, 70 mil ficaram desabrigadas.
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