08 de julho de 2011 • 18h32 • atualizado 18h59
A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira acordo para compra de 100% do capital de sua rival de menor porte Webjet. Segundo a Gol, a compra será feita por meio de sua controlada Varig. A Webjet foi avaliada em R$ 310,7 milhões, mas o valor a ser pago pela aquisição será de R$ 96 milhões, de acordo com fato relevante.
A última aquisição feita pela Gol, que vem procurando conter a adição de capacidade à sua frota para melhorar seus resultados, ocorreu quando a empresa comprou ativos da Varig em 2007 por US$ 275 milhões, operação que custou à empresa anos para ser totalmente digerida.
A Webjet encerrou maio com participação no mercado de aviação brasileiro de 5,16%, enquanto a Gol registrou 35,39%, ante 36,47% um ano antes. Uma eventual aliança das empresas formaria um grupo com 40,55% do mercado doméstico, ante os 44,43% registrados pela líder TAM.
Antes mesmo de a Gol informar sobre as tratativas com a Webjet, suas ações da Gol exibiam forte valorização na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O site da Aero Magazine, publicação especializada do setor aéreo, foi o primeiro a noticiar que a Gol estaria perto de fechar a compra da WebJet.
A Webjet voa para 14 destinos do País, incluindo as principais capitais, em uma faixa que vai de Porto Alegre a Fortaleza. A frota da empresa, que opera em modelo de baixas tarifas, é formada por 24 jatos 737 da Boeing, mesmo fornecedor da Gol.
A WebJet foi fundada em 2005 e é controlada pela GJP Participações, holding comandada por Guilherme Paulus, que vendeu o controle da operadora de turismo CVC para o grupo de private equity (que investe em ações de companhais não listadas na bolsa) americano Carlyle, em um acordo avaliado em US$ 300 milhões na época.
Paulus preferiu não incluir a Webjet no acordo com o Carlyle porque esperava obter melhores ofertas de outros interessados, afirmaram pessoas próximas do assunto à Reuters na ocasião.
A negociação da Gol com a WebJet ocorre depois que a TAM anunciou em março a compra de 31% da Trip, sexta maior empresa do setor no País, reforçando sua atuação em mercados no País de média densidade de passageiros. Além da aliança estratégica com a Trip, a TAM também tenta aprovar sua fusão com a chilena LAN para criar a maior companhia aérea da América Latina.
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