Sab 3/6/2017 - Cerimônia realizada no aeroporto na região sul de Poços, marcou a inclusão da cidade no projeto Voe Minas Gerais, do governo do Estado, que busca integrar as diversas regiões de Minas por meio da aviação. Para marcar a data, houve o batismo do voo inaugural, que trouxe de Belo Horizonte o secretário de Estado de Governo, o diretor de Serviços da Codemig, o vice- prefeito de Poços, dois vereadores e um deputado estadual.
O avião Cessna 208B Grand Caravan matrícula PR-MAU chegou na cidade por volta de 15h30. Ainda na pista, a aeronave foi ‘batizada’ pelo caminhão do Corpo de Bombeiros, que lançou jato de água sobre ela, inaugurando a linha aérea. Logo após as autoridades desembarcaram, foram recepcionadas pelo prefeito Sérgio Azevedo e diversos prefeitos da região , além de secretariado e parceiros do projeto de retomada dos voos regulares em Poços.
Em seu pronunciamento à imprensa, o secretário de Estado destacou a vocação turística de Poços, que se “fortalece com a implantação dos voos, proporcionando também um incremento no chamado turismo de negócios. O projeto se consolida ainda mais com a inclusão de Poços de Caldas em seu roteiro”.
Últimos voos
De acordo com o técnico de informações aeronáuticas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Heron Pacheco Greco, os últimos registros de voos comerciais na cidade são de 2001. Ainda segundo o técnico da Infraero, na ocasião, duas operadoras aéreas realizavam voos com linhas para Belo Horizonte e para São Paulo.
“Na época, o modelo de aeronave que fazia as linhas para Poços era o ATR-42, um avião com capacidade para geralmente 45 a 50 passageiros. Uma das operadoras era a Total Linhas Aéreas que fazia a linha para Belo Horizonte. Já a outra era a Pantanal, que fazia Poços para São Paulo”, disse Greco, que desde 2000 presta serviços em Poços de Caldas pela Infraero.
Ainda segundo informações do técnico da Infraero, o fluxo de voos era muito pequeno e as operações duraram apenas dois meses. “Não foi mais que dois meses. O aeroporto não atendia os requisitos da ANAC e os aviões eram muito grandes, porém como não tinha tanto fluxo as operações acabaram durando dois meses. Hoje, em dia, a ANAC não autorizaria o ATR-42 a desembarcar em Poços, porque teriam que ser feitas muitas adequações no espaço. Já para receber o modelo Caravan, que tem de 8 a 9 assentos, o aeroporto tem condições”, contou Greco.
Investimentos
Um programa do Governo Federal como parte da segunda etapa do Programa de Investimentos Aeroportuários, que destinaria R$ 30 milhões para obras de ampliação no aeroporto, chegou a ser anunciado em janeiro de 2013. Mas, quatro anos depois do anúncio, nenhum investimento foi feito. A verba destinada seria utilizada para ampliação da pista em pelo menos 450 metros. Além de ser usado na construção de salas de embarque e desembarque, de acordo com as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O aeroporto
Inaugurado em 1937, o Aeroporto Walther Moreira Salles tem altitude de 1.260 m, sendo o segundo mais alto dentre todos os aeroportos de médio e grande porte do Brasil, superado apenas pelo Aeroporto de Diamantina (MG). Localizado em uma área de 50 hectares com 1.550 m de comprimento e tem capacidade para comportar aeronaves de médio porte.
O aeroporto é administrado pelo município. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), administra a área de navegação aérea e a Estação Prestadora de Telecomunicações Aeronáuticas (EPTA ou TAPC) fornece informações meteorológicas e presta serviços de informação de voo às aeronaves que pousam e/ou decolam no aeroporto, ou cruzam seu espaço aéreo.
A distância do aeroporto ao Centro de Poços de Caldas é de aproximadamente 6 Km. O acesso ao local pode ser feito de carro, além da opção do transporte coletivo (linha Conjunto Habitacional/Jd. Kennedy).
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