Da EFE
Porto Príncipe, 15 jan (EFE).- O tráfego aéreo está totalmente restabelecido em Porto Príncipe, mas só para voos humanitários e de jornalistas, e é tão grande a frequência de chegada que muitas aeronaves têm de fazer fila, contaram à Agência Efe fontes aeroportuárias.
Desde quinta-feira à noite um avião não comercial chega a cada 15 minutos, e muitos esperam dando voltas no céu antes de conseguir permissão de pouso, como contou o diretor de Aviação Civil haitiana, Pierre Jean Lemerque
Alguns aviões acabam sendo desviados para o aeroporto de Santo Domingo, na vizinha República Dominicana, até que exista espaço para aterrissar no Haiti.
Um episódio desses ocorreu ontem à noite, quando dois aviões da Força Aérea do Peru carregados de ajuda humanitária fizeram esse desvio e nas próximas horas devem chegar a Porto Príncipe, como explicaram à Efe fontes militares do contingente peruano da força de paz da ONU.
Pelo fato da torre de controle ter sido gravemente danificada pelo terremoto, o tráfego aéreo é regulado por um grupo de militares americanos que colocaram equipes em um extremo da pista em coordenação com um centro de controle local, explicou Lemerque.
De acordo com o responsável, em condições normais o aeroporto de Toussaint Louverture pode receber um voo a cada cinco minutos, mas agora o máximo que conseguem é uma frequência de 15 minutos entre duas aterrissagens.
Acrescentou que chegaram aviões dos Estados Unidos, França, Bélgica, Canadá e inúmeros países sul-americanos, e adiantou que não há prazo para o restabelecimento dos voos comerciais.
Hoje chegou também um grupo de militares americanos da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército dos Estados Unidos, como comprovou a Efe.
O terremoto de 7 graus na escala Richter ocorreu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, elevou hoje para 17 o número de brasileiros mortos no país - considerando as mortes de Luiz Carlos da Costa (da ONU) e de outro brasileiro não identificado -, segundo informações da "Agência Brasil".
Desse total, 14 são militares e foram confirmados pelo Exército brasileiro como integrantes da Força de Estabilização do Haiti (Minustah).
A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor. EFE
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