O diretor de relações intersindicais do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Eustáquio de Oliveira, disse que o presidente Lula "foi totalmente infeliz" quando disse que a greve da categoria anunciada para esta quinta-feira era "irresponsável". Oliveira foi o representante do sindicato que acompanhou, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, a operação padrão dos aeroviários.
"Ele (Lula) não sabe o que está acontecendo. Ele está achando que só agora a gente começou a negociar, e estamos desde setembro, pelo menos, apresentando propostas para os patrões", disse Oliveira. "O problema é que a coisa foi só prolongando", concluiu.
O diretor disse ainda que no próximo dia 3 de janeiro todos os aeroportos do País deverão parar: "Só não paramos (as operações) hoje por causa da liminar. Fomos pegos de surpresa, mas o nosso departamento jurídico avalia como cassar esta liminar que vai até o dia 2, justamente para cobrir as festas de final de ano," afirmou. Segundo ele, "todos os aeroviários que vieram trabalhar o estão fazendo. A gente tem notícias de muitos aeronautas (pilotos, comissários) que estão se negando a fazer jornadas duplas, dobrarem."
Com a suspensão da greve, o movimento no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, foi tranqüilo na manhã desta quinta-feira. Por volta de 10h10, apenas um vôo estava atrasado - Voo Tam com procedência de Londres - escala em São Paulo - que deveria ter descido no terminal às 9h40.
Mas teve muita gente que, preocupada com os atrasos e até cancelamentos que poderiam ocorrer, antecipou a chegada ao aeroporto. O economista Cleto Cunha desembarcou em Confins pouco depois das 8h da manhã. Ele conta que chegou ao aeroporto de Guarulhos em São Paulo, com a família, uma hora e quinze minutos antes do embarque para Belo Horizonte.
"Foi uma boa surpresa chegar no aeroporto e não ter problemas. Chegamos mais cedo porque imaginávamos que estaria complicado, mas não. Foi tranqüilo," disse Cunha, que por ter antecipado o desembarque, ficou pelo menos uma hora aguardando um parente que viria buscar ele, mulher e filhos no aeroporto.
Já o corretor de imóveis Marcelo Nunes Soares não chegou com antecedência, pelo contrário: "Tomei umas ontem e hoje chegue aqui às 6h47. O meu vôo para Porto Alegre havia acabado de fechar o check in 6h46. Me ferrei. O que me deixa indignado com vontade de explodir a companhia é que sempre eles atrasam os vôos, cancelam, e a gente paga o pato. Agora terei que embarcar somente às quatro da tarde," contou Soares, que antes de conversar com a reportagem, dormia um sono profundo, com a cabeça encostada na mala.
Fonte: Portal Terra
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