Alunos terão provável vaga na companhia, mas curso custará R$ 81 mil; haverá também formação de quatro meses para comissário
Batizada de ASA (Academia de Serviços Azul), a iniciativa é uma parceria com a EJ Escola de Aeronáutica Civil, que fica em Itápolis, interior de São Paulo. Ali será ministrado o Programa de formação de Pilotos, que terá aulas em período integral, de segunda a sexta-feira. O preço do curso será de R$ 81 mil, valor que pode ser financiado em até 60 meses através de uma linha de crédito do banco Santander, também parceiro do projeto, com juros a partir de 1,89% ao mês.
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Durante a coletiva de imprensa que apresentou o programa, houve um desencontro de informações. Após afirmar que o curso seria acessível para “pessoas que o pai não pode pagar”, David Neeleman, fundador e presidente do conselho da Azul, foi informado de que o curso seria pago durante o treinamento, não após a conclusão, como estava anunciando. Neeleman deixou a entender que pode rever essa questão com os executivos do Santander, presentes no evento.
“Não vai ser uma maneira de ganharmos dinheiro, é uma maneira de criar tripulantes da Azul. Não estamos dizendo que quem passar no curso estará automaticamente empregado, mas vamos formar apenas a quantidade de mão de obra que precisamos na companhia, portanto a chance de que sejam contratados é provável”, diz Neeleman.
No ar a pouco mais de três anos, a Azul possui cerca de 10% do mercado de aviação comercial brasileiro, atrás apenas da TAM (40,7%) e Gol (34%). Entre 2010 e 2011, a empresa teve um crescimento e saltou de 200 para 350 voos diários, de 26 para 49 aeronaves e de 28 para 42 destinos. No mesmo período, as principais concorrentes demitiram e deixaram de crescer, ou mesmo encolheram, em termos de receita e compras de aeronaves.
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Neste ano, a Azul pretende ampliar a frota em 12 aviões, o que demandaria mais mão de obra – cerca de 300 pessoas – num setor que sofre carência de profissionais capacitados. A empresa também estuda incluir dez cidades médias, como Cascavel e Chapecó, na malha. “Planejamos ainda voar para Punta del Este (no Uruguai, que seria o primeiro destino internacional da Azul), porque temos acionistas que gostam muito da cidade e pedem para voarmos para lá. Poderemos fazer, como um serviço temporário na próxima temporada de verão”, conta o executivo.
Neeleman afirma que a iniciativa tem risco para a companhia, por ser um modelo não testado no País. “Mas nosso investimento não é grande, o projeto foi viabilizado através de parcerias. Deveríamos ter feito isso há três anos”, afirma. Apesar das preocupações com o preço do combustível (50% mais caro que nos EUA) e da elevada carga tributária, o executivo afirma que “a margem da empresa, nos últimos trimestres, cresceu com números que nos deixam bem felizes e confiantes”. A empresa tem capital fechado e não divulga balanços.
O curso de comissários, segundo a Azul, terá duração de quatro meses e será o mais barato do País. O custo será de R$ 2 mil, valor que poderá ser parcelado em dez vezes sem juros. No montante estão incluídos itens como uniforme e material didático. “A grade se destaca por conter matérias extracurriculares e treinamentos práticos na selva e no mar”, informa Carla Cruz, gerente da UniAzul, universidade que dará suporte ao curso.
Os candidatos a comissários ou pilotos precisam ter 18 anos, ensino médio completo e inglês pelo menos intermediário. A EJ oferece alojamento por R$ 20 ao dia. As inscrições podem se encerrar antes da data, caso haja 400 inscritos para o curso de comissário, ou 200 para o de pilotos.
Piloto em 10 meses???
ResponderExcluirPiada isso, né?!
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