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CRUZEX chega aos dez anos como marca no treinamento da Força Aérea Brasileira


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CRUZEX chega aos dez anos como marca no treinamento da Força Aérea Brasileira

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A história dos exercícios simulados no Brasil se divide entre antes e depois de 2002. Naquele ano, nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foi realizada a primeira edição do Exercício Cruzeiro do Sul, a CRUZEX I, que contou com a participação de cerca de 50 aeronaves das Forças Aéreas do Brasil, Argentina, Chile e França.

A novidade não era os F-5E da FAB, ainda antes das modernizações, combaterem de forma simulada os Mirage 2000 franceses - exercícios semelhantes já haviam acontecido na década de 90. A diferença é que pela primeira vez o Brasil organizava um exercício onde as ações de Comando e Controle tinham destaque. Ainda sem seus E-99, a FAB via os E-3 da Força Aérea Francesa cumprirem o papel de centros de controle no céu, uma novidade que hoje, dez anos depois, faz parte do dia-a-dia das operações brasileiras.

Entre muitos acertos e erros no mundo simulado - e também no mundo real - a CRUZEX trouxe ensinamentos e mostrou a necessidade de uma nova edição, repetida já em 2004. Dessa vez, o cenário mudou: do Sul, a CRUZEX II aconteceu no Nordeste, e a Base Aérea de Natal se tornou ponto principal de apoio para os caças do Brasil, França, Argentina e Venezuela.

“A operação foi evoluindo a cada edição e, aos poucos, foram inseridas outras aviações, equipamentos e novos cenários no exercício. Também foram incluídas missões SAR (busca e resgate), reconhecimento eletrônico, transporte de tropa e resgate de não combatentes”, explica o Major-Brigadeiro Antônio Carlos Egito, Diretor da CRUZEX C2 2012. No caso da CRUZEX II, pela primeira vez, helicópteros foram envolvidos em um cenário fictício que incluiu o treinamento de resgate em ambientes hostis (C-SAR).

Em 2004, a FAB estreava na CRUZEX seus E-99 (na época ainda designados R-99A), ao lado de modelos que hoje já não voam mais, como os F-103 Mirage e AT-26 Xavante. Já a Venezuela trouxe seus F-16 e Mirage 50. A Argentina mais uma vez trouxe seus A-4AR e os franceses seus Mirage 2000C/B/N. Além das Bases de Natal, Recife e Fortaleza, as cidades de Campina Grande (PB) e Mossoró (RN) também serviram como bases de desdobramento.

Dois anos depois, a CRUZEX III tinha um novo cenário: o Centro-Oeste. Sete países iriam participar com aeronaves: Argentina, Brasil, Chile, França, Peru, Uruguai e Venezuela. Lamentavelmente, um A-37 da Força Aérea do Peru caiu em Porto Velho (RO) no deslocamento para Anápolis (AN), e o país andino cancelou a participação de suas aeronaves. O mesmo modelo, no entanto, entrou em ação nas cores uruguaias.

O destaque dessa edição foi a estrutura de barracas montada em Anápolis (GO), onde funcionava a sede da Força de Coalizão simulada. Pela primeira vez, a FAB também empregou seus caças F-5EM, modernizados, que simulavam combates além do alcance visual (BVR) com mísseis Derby. Outra marca da renovação da frota foi o emprego dos turboélices A-29 Super Tucano.

As CRUZEX IV e V, em 2008 e 2010, marcaram a volta para o Nordeste. Na IV, o Brasil pela primeira vez utilizou seus F-2000, modelos semelhantes aos empregados pela França. Já na V, os franceses voaram pela primeira vez por aqui os seus caças Rafale, um dos modelos mais modernos empregados hoje no mundo. Os Estados Unidos também participaram pela primeira vez em 2010, com caças F-16.

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