Distância de Confins e valor do quilômetro rodado fazem da corrida de táxi do Centro ao terminal a mais cara entre as capitais. Falta de trem ou metrô é comum na América do Sul
Publicação: 30/07/2013 06:00 Atualização: 30/07/2013 07:26
O engenheiro Rodrigo Fialho Gomes sempre opta pelo táxi para ir ao terminal, mas o valor é custeado pela empresa para que trabalha |
Embora o preço da bandeirada varie entre as capitais brasileiras – R$ 4,70 no Rio de Janeiro contra R$ 4,10 em Belo Horizonte, por exemplo – a diferença dos valores por quilômetro rodado é mais expressiva – R$ 1,70 no Rio e
R$ 2,40 em BH –, o que faz com que a corrida fique ainda mais cara em Minas, dada a distância do terminal.
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Leilão de Confins e Galeão aceitará vencedor anterior Preços de lanches em Confins levantam voo Projeto prevê caminho mais curto até ConfinsEm agravante no cenário brasileiro de aeroportos é que somente Porto Alegre dispõe de metrô para o deslocamento dos passageiros. Nas demais cidades, a única opção de transporte coletivo é o ônibus, quase sempre mais lento que as alternativas como metrô e trem, por serem segregados. A situação se prepete em toda a América do Sul (Assunção, Buenos Aires, Caracas, Lima, Ciudad del Este, Santiago, Montevidéu e Santa Cruz de la Sierra). Em contrapartida, na Europa, Frankfurt, Milão, Paris, Londres e Madri têm pelo menos uma terceira opção (além de ônibus e táxi) para o deslocamento dos passageiros.
A condição do transporte público disponível para os aeroportos brasileiros faz com que 52% dos passageiros optem por usar carros próprios para ir até o aeroporto, segundo pesquisa da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República. O farmacêutico Warley Botelho é um dos que prefere ir de carro até o terminal e deixá-lo no estacionamento enquanto viaja. Por três dias, ele pagou R$ 29, valor que considera justo, uma vez que não é coberto e o carro fica “todo sujo” em razão da poeira das obras no terminal. “É uma comodidade o carro estar aqui. Além da economia, fico mais livre que se estivesse com táxi”, diz.
André Diniz, que viaja uma vez por mês, escolhe o ônibus para economizar |
Apesar de o estudo não discriminar os dados do uso do transporte público para cada aeroporto, uma hora de observação no terminal deixa claro que, em Confins, a preferência do passageiro é pelo ônibus ou carro particular. O ônibus custa cinco vezes menos que o táxi e estacionar no terminal é bem mais barato que em estacionamentos do Centro da capital.
RAMAL FERROVIÁRIO A Secretaria Estadual de Gestão Metropolitana (Segem) elabora estudos para reativação de antigas linhas férreas que ligam a capital a importantes cidades da Grande BH. A expectativa é de que os editais sejam publicados nos próximos meses. Um dos ramais deve criar uma ligação entre Belo Horizonte e o aeroporto. A ideia é que o trem siga até Pedro Leopoldo, de onde sairá um ramal fazendo a ligação.
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