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Mulher que pilota trike, a 'moto do ar', conta como é a 'visão de um pássaro'


Aeronave é uma categoria de ultraleve pendular.
Thatiane Favero, de 38 anos, participa de feira de aviação, em Regente Feijó.

Stephanie FonsecaDo G1 Presidente Prudente
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Thatiane é uma das poucas mulheres que pilotam o trike (Foto: Stephanie Fonseca/G1)

Visão aérea de 360º e uma “maravilhosa” sensação. Estes são alguns diferenciais do trike, uma categoria do ultraleve pendular. E comandar esta aeronave muitas vezes causa receio no sexo feminino, mas não para a piloto Thatiane Favero, de 38 anos. Ela está com sua equipe emRegente Feijó para participar de uma feira de aviação, o Aviashow, que começou nesta sexta-feira (13), na Rodovia Raposo Tavares (SP-270).
Thatiane é uma das poucas mulheres que pilotam o
trike (Foto: Stephanie Fonseca/G1)

Por ser uma aeronave aberta, Thatiane explica que é “literalmente o que um pássaro vê durante o voo”. “Até nosso slogan é 'só nós sabemos por que os pássaros cantam', porque a gente passa por algum lugar e sente o cheiro. Às vezes, em alguma viagem, vemos uma cachoeira e a sobrevoamos. É diferente do avião fechado, em que você muitas vezes não tem a oportunidade e não vê ou está mais rápido também”, conta a piloto, com entusiasmo.

Considerado “a moto do ar”, a velocidade do trike depende das asas e pode variar de 80 km/h a 150 km/h. Outro fator é o vento, que é importante para toda a aviação, conforme Thatiane. Com isso, muitas mulheres têm receio de olhar para baixo e sentir medo, preferindo voar no "fechadinho". "Mas é uma falsa sensação, já que a segurança quem faz somos nós, pilotos”, diz.

Porém, quando embarca acompanhando os maridos, por exemplo, a mulherada pousa com um “sorrisão”. “Assim, a gente incentiva que elas façam aulas e pilotem também”, conta a piloto. “Tem poucas mulheres [na modalidade], mas está crescendo. Às vezes, a mulherada acha que, por ser pendular, precisa de muita força”, comenta.

De fato, Thatiane conta que o controle do trike é na barra. “É no braço mesmo!”, afirma. “Não é como um avião que, muitas vezes, tem um piloto automático. No trike, não. A navegação é inteirinha na mão”, conta ela.
Equipe com trikes veio de Atibaia (SP) para o Aviashow, em Regente Feijó (Foto: Stephanie Fonseca/G1)

'Está no sangue!'
Thatiane relata que nasceu em meio às aeronaves. Seu pai é voador de asa delta e resolveu criar um trike, já que os filhos estavam crescendo e era difícil levá-los juntos. “Então, ele viu numa revista e bolou alguma coisa que dava para levar os filhos”, lembra. “Está no sangue. Desde pequenininha, voando”.
Evento, em Regente Feijó, prossegue até o
domingo (15) (Foto: Stephanie Fonseca/G1)

A família de Thatiane tem a aeronave como profissão e hobby, já que possui uma fábrica de trikes. “Durante a semana, a gente trabalha e, no fim de semana, a gente se diverte”, diz.

A equipe, que no Aviashow deste ano conta com oito pessoas, veio de Atibaia (SP). A piloto conta que foram cinco horas de voo, com parada. O grupo sempre comparece ao evento e também faz diversas viagens para divulgar a atividade.

Aviashow
Organizador do evento, o empresário Renato da Silva conta que neste ano há 70 empresas expositoras e, aproximadamente, 300 aviões inscritos para visitar a área. A expectativa é de que mais de 20 mil pessoas compareçam ao local. Uma praça de alimentação também está disponível para os visitantes.
Aproximadamente 300 aeronaves estão inscritas para
o evento (Foto: Stephanie Fonseca/G1)

O evento reúne aeronaves de aviação executiva e com valores variados. “Desde R$ 50 mil a milhões de dólares”, conta o organizador.

Com início nesta sexta-feira (13), o Aviashow segue, também, durante o sábado (14) e o domingo (15). Será cobrada uma taxa de R$ 15 no estacionamento por dia e por carro. O valor é válido para o dia inteiro e conta com uma credencial para que, caso o vistante saia, possa voltar.

“O evento é importante para a aviação em geral do Brasil. É uma contribuição”, diz. Além de inscritos de 24 Estados brasileiros, o evento também conta com a participação de aviadores da Argentina, da Bolívia e do Paraguai.
Feira de aviação reúne participantes do Brasil e também da Argentina, da Bolívia e do Paraguai (Foto: Stephanie Fonseca/G1)
Evento continua durante o fim de semana, em Regente Feijó (Foto: Stephanie Fonseca/G1)Aproximadamente 300 aeronaves se inscreveram para o evento (Foto: Stephanie Fonseca/G1)Evento continua durante o fim de semana, em Regente Feijó (Foto: Stephanie Fonseca/G1)Evento continua durante o fim de semana, em Regente Feijó (Foto: Stephanie Fonseca/G1)Aproximadamente 300 aeronaves estão inscritas para o evento (Foto: Stephanie Fonseca/G1)
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