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Air Berlin não será vendida a um único comprador


Qua 23/8/2017 - O que parecia inevitável aconteceu. Na semana passada confirmou-se a queda da Air Berlin, a segunda maior empresa aérea alemã. O principal sócio – a Etihad Airways – decidiu deixar de investir, depois de acumular prejuízos acima de 1,6 bilhões de euros.

O governo alemão decidiu emprestar um crédito de 150 milhões de euros para que a companhia consiga manter-se operativa até setembro e com a venda de seus ativos possa quitar este valor. O principal da Air Berlin está nos seus direitos de voo, principalmente com os slots no aeroporto internacional de Berlim e no de Dusseldorf.

A Air Berlin tem 7.200 trabalhadores e nos três começou a ter dificuldades com seus provedores e funcionários, atrasos nos pagamentos. Nos últimos meses a companhia havia descartado seu modo de voo curto pelos de larga distância. Não deu certo também a tentativa de criar com a Tui uma operadora de voos charters

Juntamente com o governo, a Lufthansa publicou um informe dando conta de que estava dando apoio à Air Berlin.

Já não era segredo que as empresas aéreas não alemãs – caso da low cost Ryanair – vem acusando as autoridades do pais de uma proteção alterando normas de concorrência. A empresa irlandesa está presente com preços e custos bem inferiores, em várias rotas onde a Air Berlin também operava,

Em declarações neste inicio de semana, Thomas Winkelmann, diretor geral da Air Berlin, confirma que a empresa não será vendida a um único comprador, e o negócio será entre duas a três empresas. O periódico alemão Bild reproduz as informações e assegura que estão em conversações com até dez diferentes interessados.

Além do grupo Lufthansa, com o qual quase fechou negócio, estaria em negociações com a Condor, Tufly e a britânica Easyjet. A Air Berlin conta com uma frota de 140 aviões pelo sistema de leasing, inclusive os A330.

Igualmente, sabe-se que o governo austríaco estaria disposto a conseguir um empréstimo extraordinário para a Niki, a empresa da Austria que estava associada à Air Berlin.

Winkelmann disse que a Air Berlin é demasiado grande para ser comprada por uma única empresa. A venda total dos ativos e o seu encerramento tem que ser completados até setembro, no mais tardar, já que a companhia tem a cada dia mais problemas comerciais em sua situação de insolvência.

De acordo com a legislação alemã, a companhia não pode assumir compromissos com nenhuma reclamação dos passageiros por cancelamentos, atrasos ou qualquer outro motivo.


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