A data foi instituída em 1998, quando foi atingida a marca de um milhão de horas de voo de instrução
Fonte: AFA
Dedicar-se
à formação dos futuros oficiais aviadores da Força Aérea Brasileira
(FAB) nas mais diversas missões que ela cumpre para manter a soberania
aérea do país. É essa a missão dos atuais 126 instrutores de voo da
Academia da Força Aérea (AFA) nos dois esquadrões de instrução
aérea. Nesta quinta-feira (21/05), a AFA homenageia o instrutor de voo. A data foi
instituída em 1998, quando foi atingida a marca de um um milhão de
horas de instrução, número que hoje já ultrapassa 1,5 milhão.
Responsável
por cerca de 20% de todos os voos diários realizados pela FAB, o
instrutor de voo tem o papel de dar ao cadete desde os primeiros passos
na aviação até a sua formação como piloto militar. Para isso, a AFA
realiza, em média, 150 pousos diários, totalizando, ao ano, uma média de
30 mil horas de voo, sendo a grande maioria de instrução.
O
Tenente Aviador Alfonso Bittencourt Filho explica que cada instrutor
realiza até três voos diários e, entre a instrução teórica antes do voo
(chamada de briefing), e pós-voo (debriefing), cada instrução aos 233
cadetes do segundo e quarto ano da AFA dura cerca de três horas entre
briefing e debriefing. “A rotina do cadete aviador exige que ele chegue
antes do nascer do sol ao esquadrão de instrução e, antes dele, os
instrutores já estão no local”, explica o tenente.
Seguido
como modelo e referência, a relação entre instrutor e cadete deve ser
de confiança e cumplicidade no voo, pois a atividade fica confiada à
experiência do instrutor e à capacidade de aprendizagem do cadete. O
Tenente-Coronel Aviador Afonso Henrique Junqueira de Andrade Junior, com
13 anos de instrução de voo, é o oficial aviador da ativa com o maior
número de horas de instrução, mais de 3.500.
Na
sua visão, a formação do recurso humano na FAB é elemento essencial
para o cumprimento de sua missão, por isso, não só o exemplo da técnica
basta, mas,
também, moral e caráter. “O instrutor é o oficial mais avaliado, pois o
cadete busca nele um modelo. Os cadetes merecem o melhor que podemos
oferecer”, afirma o Tenente-Coronel Afonso Henrique, que é chefe da
Subdivisão de Instrução de Voo da Academia.
Os
coronéis aviadores instrutores da reserva são o exemplo da importância
da experiência de voo para a formação do cadete. O Coronel Aviador
Marcio Cesar dos Santos, formado em 1979, está na reserva há seis anos,
porém, voltou para Pirassununga (SP) para novamente ser
instrutor. Atualmente, acumula
2.500 horas e é o oficial com a maior quantidade de horas de voo no 2º
Esquadrão de Instrução Aérea (2º EIA), onde os cadetes do segundo ano
têm seu primeiro contato com a aviação.
“Muitos chegam sem nunca terem voado antes. Aqui podemos acompanhar todo o progresso do cadete,
por isso, gosto de atuar na instrução primária. Com o tempo, adquirimos
mais paciência e experiência, importantes para transmitir aos cadetes a
sensação e sentimentos necessários para o voo”, afirma o instrutor
padrão de 1983, ano em que serviu pela primeira vez na AFA.
A dedicação empregada pelo instrutor é percebida também pelos cadetes aviadores, como o Cadete Tales Pimenta, do quarto ano. “Futuramente
me lembrarei dos meus instrutores como oficiais abnegados, que
acordavam antes mesmo de nós, para darem asas aos seus alunos”, disse.
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