Fonte: Agência Força Aérea
Cerca
de 300 militares e 30 aeronaves de diferentes aviações da Força Aérea
Brasileira estão envolvidos no exercício BVR realizado na Base Aérea de
Anápolis (BAAN), em Goiás. O treinamento conjunto, que se encerra em 03
de junho, tem o objetivo de instruir as unidades de defesa aérea na
doutrina de combate além do alcance visual (BVR, do inglês Beyond Visual
Range), em situações onde os pilotos empregam mísseis de maior alcance
que os mísseis infravermelhos usuais.
“As
técnicas estão de acordo com as utilizadas atualmente pelas unidades
aéreas que fazem parte da OTAN”, explica o coordenador do exercício
Coronel Aviador Raimundo Nogueira Lopes Neto.
A
cada edição, os coordenadores adicionam novos desafios, que tornam o
cenário de conflito mais complexo, permitindo evolução e aprimoramento
das técnicas treinadas pelas tripulações. Além disso, segundo o
coordenador, é uma oportunidade de difundir e padronizar as doutrinas de
combate mais modernas para todas as unidades aéreas da FAB. Serão
treinadas missões de combate aéreo, controle e alarme em voo,
reabastecimento em voo, escolta e defesa antiaérea.
Uma
das novidades desta edição é o emprego da aeronave de reconhecimento
R-35. Aeronaves de caça escoltam este avião, responsável por gerar
informações de reconhecimento, respondendo aos fatores impostos por um
possível cenário de crise. A área de instrução, onde os voos são
realizados, também foi remodelada pelo Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA). “Foram feitos todos os arranjos para desviar do
tráfego civil”, explica o coordenador.
Controladores
de tráfego aéreo, alocados no Primeiro Centro de Operações Militares
(COPM 1) do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de
Tráfego Aéreo (Cindacta 1), também participam do exercício. “Eles são
integrantes fundamentais da missão”, destaca o coronel. Os profissionais
assistem aos briefings e debriefings em conjunto com os pilotos, por
meio de videoconferência, para testar a capacidade de enlace de
comunicação com vídeo provida pelo Primeiro Grupo de Comunicações e
Controle (1º GCC).
Antiaérea
- Em 2014, o Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2º GDAAE) participou da
BVR para realizar treinamentos do sistema IGLA. Neste ano, o Núcleo do
Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (Nu3GDAAE) da BAAN terá a
oportunidade de treinar com o 2º GDAAE. Considerando que Exército e Aeronáutica utilizam o sistema de míssies IGLA,
os grupos de defesa antiaérea da FAB estarão participando juntamente
com a Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro no Exercício
Operacional BVR. Eles poderão treinar engajamentos com as aeronaves que
participam da BVR.
Unidades aéreas
- Realizada desde 2012, a BVR ocorre mais de uma vez ao ano. A Base
Aérea de Anápolis é geralmente escolhida para sediar o exercício por
dispor de pista exclusivamente para uso militar. Nesta edição participam
as seguintes unidades: Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA),
Esquadrão Pampa (1º/14º GAV), Esquadrão Pacau (1º/4º GAV), Esquadrão
Flecha (3º/3º GAV), Esquadrão Carcará (1º/6º GAV), Esquadrão Guardião (2º/6º GAV), Esquadrão Gordo (1º/1º GT) e Esquadrão Pelicano (2º/10º).
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