Os grupos Airbus e Leonardo, que dividem meio-a-meio o controle da ATR que fabrica os dois modelos de turboélices para 42 e 78 passageiros, não tem a mesma opinião com relação ao desenvolvimento de uma nova aeronave para 100 passageiros para atender a demanda futura.
“Na minha opinião pessoal, um ATR maior é mais uma decisão que ficaria a cargo do conjunto de acionistas. “Posso me imaginar no papel destes acionistas de ambos os lados, já que não existe nada de errado com o ATR atual. Podemos ir adiante, mas não existe pressa”.
Scherer, um ex-executivo da Airbus para estratégia comercial e defesa, foi escolhido em novembro de 2016, para comandar a ATR. Seu antecessor, Patrick de Castelbajac havia revelado, meses antes, que a Airbus desejava modernizar os ATR 42/72 com novos motores, enquanto a italiana Leonardo preferia partir para um modelo novo de 100 lugares. Os dois projetos poderiam ser realizados em épocas diferentes.
A Leonardo já deu mostras de que gostaria de ter controle maior sobre a ATR (hoje, a participação franco-italiana é de 50/50 ), enquanto a Airbus está interessada na participação da Leonardo no fabricante europeu de mísseis MBDA da qual já participa.
Para os analistas, a ATR ainda é rentável em parte porque os custos de desenvolvimento – ao longo dos 35 anos de atividades – já foram absorvidos há muito tempo.
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