Segundo a Reuters, com o acordo, a Qatar Airways deve "expandir de forma massiva" a Meridiana, que já ocupa a posição de segunda maior companhia do país, atrás da Alitalia. O negócio incluiria um relançamento da aérea com novas aeronaves fornecidas pela companhia árabe, tanto de corredor único quanto de corredor duplo, permitindo uma expansão da rede italiana na Europa e internacionalmente, teria dito à Reuters o CEO da Qatar, Akbar Al-Baker.
Ainda de acordo com o executivo árabe, a Meridiana deve começar a receber nos próximos meses aeronaves widebody (fuselagem larga) como Boeing 787 e Airbus 330, além de aviões narrowbody(fuselagem estreita), como B737 MAX, todos encomendados pela Qatar Airways.
Os termos de contrato dos funcionários da Meridiana, incluindo salários, benefícios e horários de trabalho, foram renegociados como condição para o negócio ser fechado, disse Al-Baker. Não foi especificado como seriam os termos, mas o CEO da Qatar explicou que as mudanças foram fruto de uma "conversa franca com os sindicatos", que teriam sido "muito complacentes".
Vale lembrar que o memorando inicial, assinado no ano passado, colocava como condição de compra a redução de 900 vagas de trabalhadores na aérea italiana
"Eles perceberam que não vamos apenas encolher a companhia aérea no início, mas também expandi-la massivamente para se tornar a verdadeira operadora nacional da Itália", disse Al-Baker.
CRISE DA ALITALIA AJUDA
Um argumento utilizado pelo executivo da Qatar para acreditar no potencial de crescimento da Meridiana é a atual situação da Alitalia, em crise e em administração extraordinária após quebra, inclusive já em processo de venda, com interessados como Ryanair, Delta Air Lines, Air France e British Airways.
Para Akbar Al-Baker, com a queda da concorrente, a Meridiana "deve certificar-se de que o público italiano estará devidamente conectado".
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