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Relatório aponta erro de piloto do voo 447, diz jornal

29 de julho de 2011 • 03h51 • atualizado às 04h19

O acidente com o voo AF 447 da Air France que saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris em maio de 2009 e caiu no Oceano Atlântico foi causado, entre outros fatores, por erros de um dos pilotos do avião, de acordo com relatório que será divulgado nesta sexta-feira pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA), segundo informações publicadas pelo site do jornal francês Le Figaro, que afirma ter tido acesso ao documento que será apresentado.

As causas da queda do avião foram o congelamento das sondas Pitot, perda brusca de velocidade da aeronave e erro de um copiloto. O relatório, que contém o conjunto de dados recolhidos das caixas-pretas, apontará que o avião foi capaz de evitar uma área de turbulência após fazer um desvio de curso de 12 graus, e que as turbulências que afetaram a aeronave no momento do acidente não tinham nada de especial, de acordo com a publicação.

No entanto, o relatório aponta que a tripulação não percebeu os problemas enfrentados e não soube reagir a eles a tempo de evitar a queda. Ainda segundo o documento, antecipado pelo Le Figaro, um copiloto, menos experiente, não teria recebido treinamento para lidar com perda de velocidade da aeronave.

O acidente do AF 447
O voo AF 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu em meio ao oceano.

Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca do País. Naquela ocasião, foram resgatados apenas 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em uma nova fase de buscas coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que localizou a 3,9 mil m no fundo do mar a maior parte da fuselagem do Airbus e corpos de passageiros em quantidade não informada.

Após o acidente, dados preliminares das investigações indicaram um congelamento das sondas Pitot, responsáveis pela medição da velocidade da aeronave, como principal hipótese para a causa do acidente. No final de maio de 2011, um relatório do BEA confirmou que os pilotos tiveram de lidar com indicações de velocidades incoerentes no painel da aeronave. Especialistas acreditam que a pane pode ter sido mal interpretada pelo sistema do Airbus e pela tripulação. O avião despencou a uma velocidade de 200 km/h, em uma queda que durou três minutos e meio. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores - até então feitos pela francesa Thales - por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.


Fonte: Portal Terra
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