Possível volta faz parte da reestruturação da companhia
Publicação: 19/04/2013 06:00 Atualização: 19/04/2013 08:23
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Montevidéu – O governo uruguaio planeja o retorno dos voos da Pluna Linhas Aéreas Uruguaias da capital Montevidéu para Belo Horizonte. A informação foi dada pela ministra do Turismo e Esporte, Liliam Kechichian, em audiência concedida na quarta-feira ao secretário de Turismo de Minas Gerais, Agostinho Patrus Filho. A retomada do voo para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, faz parte dos planos de reestruturação da companhia aérea, que poderá voltar a operar dentro de dois meses com o novo nome de Dyros e a possibilidade de gestão compartilhada com os empregados.
Todos os voos da Pluna foram suspensos em julho do ano passado, por determinação do governo do Uruguai, ao assumir a empresa num momento de forte crise econômico-financeira. A companhia ligava o país, incrementando o turismo, à Argentina, Brasil e Chile. Segundo Agostinho Patrus, a ministra uruguaia disse que é fundamental para a receita do país com o turismo retomar as operações da companhia para BH. “Ela reconhece a importância do estado na economia brasileira e a ligação de Montevidéu é também importante para a internacionalização de Belo Horizonte”, afirmou o secretário.
Outra opção estudada pelo governo uruguaio passa por uma conexão em Montevidéu do voo que a companhia Aerolíneas Argentinas começa a operar em 1º de junho entre Buenos Aires e Confins. Na estimativa do ministério uruguaio de turismo, as rotas da capital para destinos no Brasil – além de BH, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Foz do Iguaçu – permitiram ao país quadruplicar o número de visitas de brasileiros ao Uruguai.
Na mão inversa, o contingente de turistas uruguaios que visitaram o Brasil de 2002 a 2011 aumentou 33,7%, saindo de 195.384 para 261.204, de acordo com levantamento do Ministério do Turismo do Brasil. Em 2011, quase 76% dos uruguaios buscaram lazer e outros 13,7% visitaram o país com o objetivo de fazer negócios, participar de eventos e convenções. Naquele mesmo ano, Minas Gerais recebeu 1.188 turistas do Uruguai, que ficou na nona posição entre os países que mais enviaram turistas ao estado.
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Na conversa com a ministra uruguaia do turismo, o secretário Agostinho Patrus tratou ainda de um acordo de cooperação entre as cidades de Ouro Preto e a histórica Colônia do Sacramento, o segundo ponto turístico mais ativo do país, depois de Punta Del Leste. A intenção é firmar um tratado de irmandade dos dois municípios, detentores do título de patrimônio cultural da humanidade, com a troca de experiências para estimular o turismo. O protocolo poderá ser assinado em seis meses.
* A repórter viajou a convite da Embratur
Investimentos além da Copa
Montevidéu –O presidente da Embratur, Flávio Dino, contestou ontem a visão dos críticos do orçamento de bilhões de reais destinados às obras de infraestrutura para o Brasil receber os jogos da Copa do Mundo e as Olímpíadas de 2016, com o risco de enfrentar ociosidade em hotéis e aeroportos depois dos eventos. “O importante é gerar um círculo virtuoso prolongado para o nosso turismo, como fez Barcelona, que se tornou referência mundial no setor, depois de sediar as Olimpíadas de 1992”, disse, ao justificar o esforço da autarquia do Ministério do Turismo na divulgação das cidades-sede do mundial no exterior.
A aposta do governo federal de descentralizar os jogos, segundo o presidente da Embratur, visa ao compartilhamento dos ganhos que os eventos poderão representar para o turismo. Se confirmadas as estimativas de que o Brasil receberá 7 milhões de turistas estrangeiros em 2014, o fluxo baterá recorde absoluto, representando acréscimo de 10% sobre as previsões para este ano. Outra estatística que tem guiado o governo brasileiro é a que colocou o país em 2011 na sétima posição do ranking de eventos internacionais.
De acordo com a Embratur, no ano passado, já houve um aumento de 15% frente a 2011, com a realização de 350 eventos internacionais no país. “Representou mais de três vezes o incremento do turismo no mundo em 2012, que foi de 4%. Os megaeventos geram eventos associados e isso garante ocupação hoteleira, aeroportos movimentados e preços mais justos para os turistas”, disse Flávio Dino durante encontro com operadores e agentes de turismo e jornalistas uruguaios convidados do evento Goal to Brasil, organizado pela Embratur para promover as cidades-sedes da Copa do Mundo.

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