Equipe médica do hospital de San Fransciso confirmou duas vítimas com paralisia permanente, mas número deve ser muito maior

Imagem feita pela rede KTVU mostra o avião destruído após o acidente Foto: Reuters
Imagem feita pela rede KTVU mostra o avião destruído após o acidente
Foto: Reuters
Pelo menos duas vítimas do acidente com o Boeing 777 no aeroporto de San Francisco, nos Estados Unidos, perderam os movimentos dos membros, mas o número de paralisias permanentes deve ser muito maior. A informação é da chefe de cirurgia do Hospital Geral de San Franscico, Margaret Knudson, que falou neste domingo a jornalistas sobre o estado de saúde dos passageiros.
Segundo ela, muitos feridos tiveram graves lesões abdominais, fraturas na coluna vertebral e traumatismo craniano. Eles também registraram danos na pele parecidos ao de pessoas que são arremessadas em alta velocidade, disse Margaret Knudson. O avião, da companhia sul-coreana Asiana, teve a fuselagem superior incendiada e destruída durante o pouso no sábado e também perdeu parte da cauda.
O governo sul-coreano disse neste domingo que o voo incluia 141 chineses, 77 sul-coreanos, 61 americanos, três canadenses, três da Índia, um japonês, um vietnamita e uma passageira da França. As nacionalidades dos três restantes não foram confirmados.
A mídia estatal chinesa identificou os mortos como duas meninas de 16 anos de idade, provenientes da província de Zhejiang. Elas foram identificados como Ye Mengyuan e Wang Linjia.
O presidente da companhia aérea, Yoon Young-doo, disse em uma entrevista coletiva que vai levar tempo para determinar a causa do acidente. No entanto, quando foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de problemas mecânicos, ele disse que não acredita que essa poderia ter sido a causa da tragédia.
Pilotos tentaram abortar pouso
Gravações da cabine da aeronave, obtidas por meio da caixa-preta, dão conta que os pilotos do Boeing tentaram abortar o pouso antes do acidente. As gravações divulgadas pelo Comitê Nacional pela Segurança do Transporte, também apontam que o spilotos tentaram aumentar a velocidade do avião e fazer uma manobra antes do pouso.
A chefe do comitê de segurança, Deborah Hersman, disse em entrevista coletiva que o gravador mostrou a tripulação alertando para abortar o pouso cerca de 1,5 segundo antes do acidente. A gravação também mostrou que havia uma chamada para aumentar a velocidade cerca de sete segundos antes do impacto.
Antes disso, segundo ela, não havia nenhuma indicação de que a aeronave estivesse com problemas.
Informações das agências Reuters e AP
Terra