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Atraso nas obras em Confins limita inclusão de voos para a Copa

Reforma vai aumentar capacidade do terminal em 1,4 milhão de passageiros ao ano, mas evolução lenta (apenas 41% concluídos a três meses do novo prazo) limita novas rotas

Publicação: 18/01/2014 06:00 Atualização: 18/01/2014 07:35

Reforma do terminal já deveria estar concluída, mas ganhou novo prazo,até abril (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Reforma do terminal já deveria estar concluída, mas ganhou novo prazo,até abril


O atraso nas obras do aeroporto de Confins limitou a inclusão de voos extras durante a Copa do Mundo. Entre as premissas adotadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para vetar a liberação de horários, segundo o presidente do órgão, Marcelo Guaranys, está o limite operacional de cada aeroporto. No caso de Confins, a análise dos pedidos foi feita com base na atual capacidade (10,2 milhões de passageiros/ano), sendo que o ano passado encerrou com fluxo próximo do limite (10 milhões de passageiros/ano). Segundo a agência reguladora, à medida que as obras forem entregues, caso haja demanda, serão avaliados novos voos. A conclusão da reforma, prevista até abril, aumentaria a capacidade do aeroporto em 1,4 milhão de passageiros por ano.

A ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves nem mesmo chegou à metade, faltando apenas três meses para encerrar o novo prazo. Balanço publicado ontem indica que só 41% das obras estão prontas. Por isso, a agência reguladora desconsiderou a conclusão do projeto para redesenhar a malha aérea do país durante o evento esportivo. Segundo nota, ao avaliar os pedidos de voos e os remanejamentos da malha, “a Anac considerou a capacidade dos aeroportos somente com as obras que já estão na fase final”. Confins não faz parte deste rol. “Garantimos que os voos estão sendo aprovados dentro da capacidade dos aeroportos”, disse Guaranys ao apresentar os dados do esquema de voos da Copa.

Segundo a agência, caso a empresa não tenha um determinado pedido de slot contemplado, é apresentada uma alternativa para suprir a necessidade, exceto quando se tratar de um aeroporto plenamente ocupado. Ou seja: sempre que houver infraestrutura para o processamento do voo e o horário solicitado não estiver disponível, outras opções serão disponibilizadas. A restrição, em Confins, se daria exatamente nesse aspecto. Com fluxo próximo do limite, as alternativas são restritas.

A agência reguladora não revela quantos voos extras serão destinados para cada um dos 25 aeroportos incluídos no esquema de operação especial da Copa do Mundo, que vai de 6 de junho a 20 de julho. Em Minas, além de Confins, participarão do esquema formado o terminal da Pampulha e o de Juiz de Fora (Serrinha). Mas, segundo o balanço preliminar, divulgado na primeira semana do ano, Confins não estava nem mesmo entre os sete primeiros com maior aumento percentual de pousos e decolagens para o período. O ranking, liderado por Viracopos, com pedido de acréscimo de 41,6% sobre a malha atual, tinha Galeão e Recife empatados na sétima posição, com solicitação de expansão do fluxo de 13% extras. Ou seja, o percentual solicitado para Confins era ainda menor que isso.

OFERTA MAIOR

Ao todo, 1.973 voos foram criados para suportar o aumento da demanda no período da Copa do Mundo e com o intuito de forçar as companhias aéreas a ofertar passagens mais baratas. Mas a remodelagem da malha de inverno atingiu mais de 78 mil, se considerados, além dos adicionais, os que sofreram alterações.

Levantamentos feitos pela reportagem nos últimos meses mostraram preços bastante elevados. Em nota, a TAM diz que já avalia as informações remetidas pela Anac e os impactos nos itinerários operados pela companhia. Sem definir data, a empresa afirma que, ao longo deste mês e da primeira quinzena de fevereiro, vai disponibilizar as alterações em todos os canais de venda. No caso da Azul, os voos adicionais serão postos à venda a partir de fevereiro; a Gol diz que os voos serão incluídos no sistema gradativamente, a partir dos ajustes da malha.

Para conferir se os preços vão estar em níveis considerados normais, a agência reguladora montou uma equipe para monitorar quinzenalmente as tarifas. Em caso de suspeitas de abuso, os órgãos de defesa do consumidor serão acionados. Segundo a Anac, a tarifa média praticada no primeiro semestre do ano passado foi de R$ 302. “A expectativa para o período da Copa é que não haja preços elevados demais e que o comportamento do mercado seja parecido com a alta temporada”, informa a Agência Nacional de Aviação Civil.
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