As buscas se concentram no mar entre a entre a Malásia e Vietnã e contam com equipes de diversos países da região
Equipes de busca de todo o sudeste asiático
utilizam navios e aviões para vasculhar os mares entre a Malásia e
Vietnã, neste sábado, à procura de vestígios do Boeing 777 da Malaysia
Airlines, que desapareceu das telas de controle de tráfego aéreo, com
239 pessoas a bordo, pouco de pois de decolar.
Mais de 17 horas após perder o contato com contato com a
torre, ainda não havia nenhum sinal do vôo MH370, que deixou Kuala
Lumpur com destino à Pequim, na primeiras horas de sábado, sem ter
combustível suficiente para voar por todo esse tempo.
Diversas autoridades locais concederam entrevistas na
manhã deste sábado. O Ministro dos Transportes da Malásia disse que não
há confirmação de que o avião tenha caído.
O executivo-chefe da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari
Yahya, em coletiva de imprensa esta manhã, disse que ainda não há
nenhuma indicação de que os pilotos tenham enviado sinal de socorro, o
que poderia sugerir que o que aconteceu com o vôo ocorreu rapidamente.
Yahya acrescentou que as condições meteorológicas na
região, no momento em que o avião desapareceu, eram boas e também
informou que a aeronave tinha combustível suficiente para voar
somente até 8h30 da manhã, horário da Malásia (21h30 de Brasília da
sexta-feira).
Já a autoridade de aviação civil do Vietnã, informou que
as autoridades de tráfego aéreo no país não chegaram a fazer nenhum
contato com o avião. "O avião perdeu todo o contato e sinal de radar um
minuto antes de entrar no controle de tráfego aéreo do Vietnã", disse em
comunicado o tenente-general Vo Van Tuan, vice-chefe do exército
vietnamita.
No aeroporto de Pequim, as autoridades colocaram avisos
pedindo que parentes e amigos dos passageiros se reunam em um hotel a
cerca de 15 quilômetros do aeroporto para esperar por mais informações.
A mídia estatal da Malásia (site Tuoi Tre), citando uma fonte da Marinha vietnamita, chegou a informar que o avião caiu no mar entre a Malásia e o Vietnã, a cerca de 300 quilômetros da ilha de Tho Chu, na província de Kien Giang, segundo o site Tuoi Tre. Mas a informação foi negada pela companhia aérea.
Área de busca ampliada
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, relatou neste sábado que as equipes de resgate iriam ampliar a área de buscas após os esforços iniciais não terem sido bem sucedidos. Mas Razak lembra que o trabalho de localização pode levar vários dias, e que, em seguida, a recuperação dos gravadores de dados de voo, vitais para qualquer investigação, pode levar meses ou mesmo anos. No caso do voo 447 da Air France, com 228 pessoas a bordo, que desapareceu em junho de 2009, os primeiros destroços foram localizados em duas semanas, mas demorou quase dois anos para a caixa preta ser recuperada.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, relatou neste sábado que as equipes de resgate iriam ampliar a área de buscas após os esforços iniciais não terem sido bem sucedidos. Mas Razak lembra que o trabalho de localização pode levar vários dias, e que, em seguida, a recuperação dos gravadores de dados de voo, vitais para qualquer investigação, pode levar meses ou mesmo anos. No caso do voo 447 da Air France, com 228 pessoas a bordo, que desapareceu em junho de 2009, os primeiros destroços foram localizados em duas semanas, mas demorou quase dois anos para a caixa preta ser recuperada.
Funcionários de busca da Malásia, Singapura e
vietnamitas trabalham para vasculhar uma área de 11.200 quilômetros
quadrados, ao redor do local em que o avião foi detectado pela última
vez. Pescadores vietnamitas na área foram convidados a relatar qualquer
sinal suspeito do avião desaparecido.
A busca aérea foi suspensa durante a noite e está
prevista para retomar na manhã de domingo, enquanto a busca no mar segue
em andamento, disse a companhia aérea.
O Mar do Sul da China, onde a aeronave foi detectada
pela última vez, é uma região tensa, cenário reivindicações territoriais
que levaram a vários conflitos, particularmente entre a China e as
Filipinas. Mas, para atuar nas buscas, equipes de resgate, com navios e
aviões de vários países envolvidos, China, Filipinas, Vietnã, Cingapura e
Malásia todos foram enviadas para a região e trabalham juntas.
O vôo e os passageiros
O avião, um Boeing 777-200, com 239 pessoas a bordo, deixou Kuala Lumpur, na Malásia, logo depois da meia-noite de sábado, e deveria chegar a Pequim às 6h30 hora local (19h30 no Brasil), mas desapareceu dos radares em pouco mais de duas horas após a decolagem.
O avião, um Boeing 777-200, com 239 pessoas a bordo, deixou Kuala Lumpur, na Malásia, logo depois da meia-noite de sábado, e deveria chegar a Pequim às 6h30 hora local (19h30 no Brasil), mas desapareceu dos radares em pouco mais de duas horas após a decolagem.
Segundo a companhia aérea, a aeronave estava voando a
uma altitude de 35.000 pés (10.670 metros). Ela foi detectada no radar,
pela última vez, às 2h40 locais (15h40 de Brasília da
sexta-feira), próximo ao local em que o Mar do Sul da China se encontra
com o Golfo da Tailândia, a cerca de 135 quilômetros ao norte da cidade
malaia de Kuala Terengganu, disse Azaharudin Abdul Rahman, chefe da
aviação civil da Malásia.
Ainda de acordo com a Malaysia Airlines, os pilotos não relataram nenhum problema com a aeronave.
O avião levava 227 passageiros, de 14 nacionalidades,
incluindo duas crianças, e 12 membros da tripulação. Segundo a companhia
aérea, 152 passageiros eram chineses, 38 da Malásia, 7 da Indonésia,
6 da Austrália, 5 da Índia, 3 dos EUA, e outros da Indonésia, França,
Nova Zelândia, Canadá, Ucrânia , Rússia, Itália, Taiwan, Países Baixos e
Áustria.
A Malaysia Airlines
A Malaysia Airlines tem um bom histórico de segurança, assim como os Boeings 777, que não tinhas tido um acidente fatal em 19 anos, até que um avião semelhante, da Asiana Airlines, caiu em São Francisco, em julho de 2013, matando três passageiros, todos os adolescentes da China.
A Malaysia Airlines tem um bom histórico de segurança, assim como os Boeings 777, que não tinhas tido um acidente fatal em 19 anos, até que um avião semelhante, da Asiana Airlines, caiu em São Francisco, em julho de 2013, matando três passageiros, todos os adolescentes da China.
O piloto do voo MH370 da Malaysia Airlines, Zaharie
Ahmad Shah, de 53 anos, tem mais de 18 mil horas de vôo e trabalhava
para a companhia aérea desde 1981.
O último acidente fatal Malaysia Airlines foi em 1995,
quando um de seus aviões caiu perto da cidade malaia de Tawau, matando
34 pessoas. O acidente mais grave da história da companhia ocorreu em
1977, quando um vôo doméstico na Malásia caiu depois de ser seqüestrado,
matando 100 pessoas.
A Malaysia Airlines tem 15 Boeings 777-200 em sua frota de cerca de 100 aviões.
Com informações da AP.
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