A Agência de Cooperação de Defesa e Segurança (DSCA), órgão do Pentágono que aprova ou não a venda de material bélico para fora dos Estados Unidos, confirmou a comercialização de aviões de ataque A-29 Super Tucano a Força Aérea do Líbano. O negócio, com valor estimado em US$ 462 milhões, inclui as aeronaves, equipamentos de suporte, peças e apoio logístico. O avião será usado em missões de proteção de fronteiras.
O Super Tucano vendido ao Líbano, porém, não será fabricado pela Embraer no Brasil. As aeronaves encomendadas pelo país no Oriente Médio serão produzidas pela empresa norte-americana Sierra Nevada, que é parceira do fabricante brasileiro.
Além dos Super Tucanos, o governo libanês também vai adquirir dos EUA oito sistemas de contra-medidas ALE-47 (para desorientar radares e mísseis), dois mil mísseis APKWS (para interceptação de outros mísseis), dois sistemas de detecção de mísseis e uma sistema de posicionamento de navegação inercial.
Em fevereiro deste ano os EUA enviou R$ 25 milhões para o Exército do Líbano, que luta contra forças do grupo xiita Hezbollah, Al-Nursa (divisão da Al Qaeda na Síria) e o Estado Islâmico, que ameaça invadir o país.
Embraer-Sierra Nevada
Os EUA têm como política não comprar material bélico do exterior. Todo arsenal do país é de fabricação nacional. Por isso, qualquer empresa deste setor que decida entrar no mercado norte-americano tem obrigatoriamente que criar uma parceria com uma companhia local. Foi o que a Embraer fez ao se reunir com a Sierra Nevada, permitindo à empresa brasileira vender o Super Tucano às forças armadas norte-americanas.
Já o Pentágono é o órgão regulador nesse comércio nos EUA, autorizando ou não a venda de armamentos para outros países. Essa prática é comum em todos os países que possuem indústria bélica. O governo brasileiro, por exemplo, está estudando se vende ou não Super Tucanos ao Iraque.
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