Sem verba, a Força Aérea Brasileira (FAB) suspende a assinatura do contrato para a aquisição de dois aviões comerciais Boeing 767-300 ER. A licitação foi vencida pela empresa israelense IAI (Israel Aerospace Industries) em 2013. Na época, a FAB divulgou que a IAI converteria as aeronaves comerciais Boeing 767-300ER em plataformas capazes de realizar reabastecimento em voo, transporte estratégico de carga e tropa e evacuação aeromédica, de acordo com os requisitos formulados pela Aeronáutica Brasileira.
O contrato faz parte do Projeto KC-X2, que pretende substituir os antigos KC-137. Conhecido como “Sucatões”, os KC-137 (Versão de reabastecimento do civil Boeing 707-320C) foram fabricados na década de 1960 e incorporados à FAB em 1986. O site internacional Jane’s noticiou que a FAB desistiu da aquisição das aeronaves por dificuldades financeiras. A Força Aérea, no entanto, não confirmou esta informação. Por meio da sua assessoria de imprensa, a FAB disse que o processo está suspenso por conta do contigenciamento do governo federal.
Pelo projeto original, os dois Boeing 767 passariam pela conversão, em Israel e no Brasil, para operação de reabastecimento. Enquanto a FAB não consegue adquirir as aeronaves, a Força conta com um Boeing 767 alugado para transporte de tropas. A aeronave chegou ao Brasil no período das Olimpíadas e o contrato de aluguel prevê operação por três anos. De acordo com a FAB, o contrato poderá ser renovado por mais tempo. No entanto, esta aeronave não atende a todos os requisitos esperados pela Aeronáutica, como reabastecimento em voo.
SUCATÕES
Depois de 27 anos de atividades, em 10 de outubro de 2013, os quatro KC-137 da FAB foram oficialmente aposentados por não apresentarem mais condições de operar. Em maio daquele ano, uma das aeronaves enfrentou uma pane quando retornava do Haiti trazendo tropas militares. Ninguém saiu ferido. Dois dos quatro aviões, FAB 2401 e FAB 2403, foram desmanchados no pátio militar do aeroporto do Galeão.
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