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IPO da Azul sai a R$21 por ação e movimenta R$2 bi


A companhia aérea Azul deve finalmente fazer sua estreia na Bovespa após ter precificado sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nesta segunda-feira, concluindo com sucesso sua quarta tentativa de chegar ao pregão, numa operação que chegou a ser suspensa após vazamento de informações no mercado.

Terceira maior companhia aérea do país, a Azul precificou sua oferta a 21 reais por ação, no centro da faixa estimada pelos coordenadores, de 19 a 23 reais por papel.

Incluindo as oferta primária (ações novas) e secundária (de papéis detidos pelos sócios da companhia), a operação envolveu 96,2 milhões de ações, movimentando 2,02 bilhões de reais.

Segundo informaram fontes do mercado à Reuters mais cedo, a demanda de investidores pela oferta superou cinco vezes o volume ofertado, considerando o preço de 21 reais por ação.

Na oferta primária, cujos recursos vão para a companhia, foram vendidas 63 milhões de ações, com giro financeiro de 1,323 bilhão de reais. Já a fatia secundária movimentou 33.239.837 ações, com 698 milhões de reais.

Cerca de 70 por cento das ações foram vendidas a investidores a partir de Nova York, enquanto o restante foi colocado a partir de São Paulo, disse um fonte.

Sob o ticker AZUL4, a ação deve estrear no pregão da Bovespa nesta terça-feira. No pregão, a companhia vai competir com a Gol.

A operação marca mais um capítulo na retomada das captações no mercado acionário brasileiro, após vários anos da fraca atividade no setor, num cenário de baixa atividade econômica e inflação alta no país.

A Azul acompanha uma retomada das oferta de ações no mercado brasileiro, com os IPOs da locadora de veículos Movida e do laboratório médico Instituto Hermes Pardini, além de outras ofertas subsequentes.

Outras empresas do país também podem captar no mercado de ações nos próximos meses incluindo a Log Commercial Properties, a XP Investimentos, e os braços internacionais da BRF e da JBS.

Finalmente

A estreia das ações Azul ocorre após três tentativas frustradas. A última, em junho de 2015, foi abortada, assim como das primeiras vezes, pelo cenário adverso do mercado.

A previsão era de que as ações estreassem no nível 2 da Bovespa na sexta-feira, mas a operação foi suspensa um dia antes pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apontando irregularidades, como divulgação de materiais de apresentação da operação na internet.

Mas na sexta-feira, a CVM revogou a suspensão, após providências adotadas pela Azul e pelos bancos coordenadores, deixando o caminho livre a estreia na Bovespa.

A empresa disse que pretende usar os recursos da oferta primária para liquidar ou amortizar dívidas e reforçar de capital de giro. A Azul terminou 2016 com 1,79 bilhão de reais em disponibilidade de caixa e dívida de 4 bilhões de reais.

Itaú BBA, Citi, Deutsche Bank, BB Banco de Investimento, Bradesco BBI, Santander Brasil e JPMorgan atuam como coordenadores da operação.

A oferta secundária tem Saleb II Founder 13, Star Sabia, WP-New Air, Azul Holding, ZDBR, Bozano, Maracatu, Morris Azul, Trip e Rio Novo Locações como vendedores.

Fonte: Exame/Reuters


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