Welter Mesquita Vaz. Tecnologia do Blogger.

Iron Bird, estrutura da Airbus para testar componentes antes de instalá-los nos aviões


Muito antes de um avião decolar, é necessário analisar o correto funcionamento dos seus componentes. Sistemas elétricos, hidráulicos e de voo são meticulosamente confirmados com a ajuda de um equipamento de teste gigante apelidado pela Airbus de “Iron Bird”.

O “Iron Bird”, ou “Pássaro de Ferro”, é uma estrutura onde os principais componentes de trabalho são instalados em localizações relativas as encontradas na estrutura real da aeronave.

A estrutura feita em andaimes com a forma do esqueleto de um avião, pesa aproximadamente 170 toneladas. Nela, os sistemas são instalados de modo que facilmente sejam inspecionados.

Nos anos que antecedem o primeiro voo de um novo avião, todas alterações feitas durante a fase de desenvolvimento são testadas e validadas utilizando esta preciosa ferramenta.

Componentes de aeronaves são avaliados de modo isolados e estes podem reagir de maneira diferente quando operado em conjunto com outros sistemas, uma situação que o “Pássaro de Ferro” com os sistemas de testes integrados pode identificar facilmente um problema.
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(Airbus)

Com os principais sistemas operacionais (exceto os motores), o testes da aeronave montada no “Iron Bird” é colocado em andamento. A partir de uma sala de controle adjacente, em um mini cockpit, um piloto de teste “voa” o “Pássaro de Ferro” através de um simulador, onde os sistemas são postos em condições ambientais variadas, enquanto engenheiros acumulam dados do voo.

Curiosamente, o trabalho do “Iron Bird” não termina quando a aeronave é certificada e posta em serviço comercial. O “Iron Bird” do A350 XWB e A380, por exemplo, ainda continuam em operação nas instalações da sede da Airbus em Toulouse, na França. Segundo a Airbus, tal estrutura pode ser usada para fornecer insights sobre questões específicas que vão surgindo no decorrer do programa. A estrutura ainda pode ser utilizada para realizar atualizações dos sistemas antes que sejam introduzidos em aeronaves em serviço.

Mesmo na era das simulações computadorizadas avançadas, o “Iron Bird” mantém um papel vital nos protocolos de testes, afirma a Airbus. Eles podem nunca voar, mas cada “Iron Bird”, é precursor de uma aeronave Airbus.


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