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Voos internacionais puxam recuperação do setor aéreo


Sab 2/9/2017 - Após forte redução de frotas e número de voos, em função da crise, as empresas aéreas brasileiras estão voltando a ampliar a oferta, em um movimento puxado pelas viagens internacionais. Nos sete primeiros meses do ano, o total de assentos em voos para o exterior cresceu 8,8%, enquanto a disponibilidade em voos domésticos subiu 0,58%. A oferta maior para destinos em outros países é uma resposta ao aumento da demanda - motivado pela valorização do real - e reflexo direto de projetos de novas rotas retomados pelas companhias aéreas Azul e Avianca.

No Rio Grande do Norte, a Azul Linhas Aéreas deverá operacionalizar voos para o Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, quando do término das obras de recuperação do empreendimento. A Gol Linhas Aéreas analisa a possibilidade de abrir, até o final deste ano, a rota Natal-Córdoba, na Colômbia. As informações são do Governo do Rio Grande do Norte. De janeiro a julho deste ano, a procura por voos para outros países cresceu 12,8%, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), e os gastos de brasileiros no exterior avançaram 35%.

Para o vice-presidente de receitas da Azul Linhas Aéreas, Abhi Shah, umas das explicações possíveis para esses números é a valorização de 20% do real frente ao dólar verificada desde o começo do ano passado. "As pessoas que viajam para o exterior podem ser menos sensíveis à crise e mais sensíveis ao dólar", declarou. A Azul começou a analisar a possibilidade de ter uma operação robusta no mercado internacional em 2014. O projeto, porém, foi engavetado no segundo trimestre de 2015 diante da crise e retomado no fim de 2016. Hoje, a empresa tem 51 frequências por semana e dez rotas - no fim de 2016, eram 36 em nove rotas. Até o fim deste ano, a empresa pretende acrescentar mais 16 frequências.

A Avianca Brasil também decidiu, no último trimestre do ano passado, retomar o trabalho de internacionalização de rotas. Até junho, a empresa tinha apenas o voo Fortaleza-Bogotá. Essa rota, entretanto, não era considerada uma operação internacional pela companhia, já que era feita com um avião de pequeno porte. Desde junho, a Avianca tem um voo para Miami, nos Estados Unidos, e outro para Santiago, no Chile. Em dezembro, deverá acrescentar Nova York a sua malha. "O projeto (de voar para o exterior) começou há quatro anos e a ideia era operar em 2015, mas tivemos de atrasá-lo. Agora, sentimos uma pequena melhora na demanda internacional e decidimos retomá-lo”, destacou a companhia.

Principal empresa do segmento, com 77% do mercado, a Latam não aumentou seus destinos neste ano, mas ampliou os assentos ofertados em 8,4%. Em nota, a companhia afirmou ter percebido uma melhora no mercado em geral nos últimos meses, mas que "a demanda doméstica no País ainda segue volátil, e a reação está concentrada na internacional". A companhia também credita esse desempenho à cotação do dólar. No ano passado, com a moeda em patamar mais elevado, a Latam chegou a anunciar a redução de 35% na oferta de assentos entre o Brasil e os Estados Unidos. Agora, anunciou a retomada de voos para Punta Cana e o retorno gradual de frequências entre São Paulo e Nova York, entre outras medidas.

Redução

A Gol foi a única que diminuiu a oferta internacional neste ano, em 6%. A empresa afirmou, porém, que tem investindo nos destinos da América do Sul e que atua em parceria com companhias estrangeiras, como Delta Airlines, o que acaba ampliando seu leque de rotas. Para o especialista em setor aéreo André Castellini, sócio da Bain & Company, a recuperação das brasileiras no mercado internacional ainda está em nível bastante baixo. "O lazer internacional havia caído muito e agora há pequenos sinais de retomada”, analisou.

Número

8,8% é o percentual de aumento da oferta de assentos nos voos internacionais partindo do Brasil

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