Do UOL, em São Paulo
O governo anunciou nesta quinta-feira (20) que irá passar para a iniciativa privada a administração dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG). Estão previstos R$ 11,4 bilhões de investimentos, sendo R$ 6,6 bi para o Galeão e R$ 4,8 bi para Confins. Os editais saem em agosto de 2013. Os leilões devem ser realizados em setembro.
Dilma fala sobre a importância do aumento da competitividade no setor aéreo
No ano passado, o governo concedeu à iniciativa privada os terminais de Campinas (SP), Guarulhos (SP) e Brasília (DF). Os controladores desses aeroportos não poderão participar dos novos leilões.
Os consórcios vencedores das licitações terão o controle das operações. A Infraero terá 49% das concessões em Galeão e Confins.
A presidente Dilma Rousseff disse 'aos críticos' que não está mudando as 'regras do jogo' com os novos anúncios. "Eu acho muito estranho que digam que estamos mudando as regras do jogo. Nós achamos que os terminais brasileiros são um ótimo negócio, tanto pelo número crescente de passagens de avião como pela experiência internacional", afirmou.
Os aeroportos representam um dos principais gargalos da infraestrutura brasileira. A infraestrutura aeroportuária é uma das principais reclamações para a realização da Copa do Mundo de 2014 no país, e é alvo recorrente de críticas da Fifa.
O anúncio segue medidas semelhantes adotadas pelo governo para rodovias, ferrovias e portos para superar entraves ao desenvolvimento e dar maior competitividade à economia brasileira.
Aviação regional
O governo anunciou plano de investimentos em aviação regional no total de R$ 7,3 bilhões, em um total de 270 aeroportos. O Banco do Brasil irá auxiliar na aplicação dos investimentos.
Receberão investimentos do governo: 64 aeroportos do Nordeste (no total de R$ 2,1 bi), 67 aeroportos da região Norte (R$ 1,7 bi), 65 aeroportos do Sudeste (R$ 1,6 bi), 43 aeroportos no Sul (R$ 1 bi) e 31 aeroportos no Centro-Oeste (R$ 900 milhões).
O projeto prevê ainda a isenção de tarifas e a concessão de subsídios às companhias aéreas, para possibilitar a abertura de novas rotas.
Os aeroportos com menos de 1 milhão de passageiros por ano de todo o país serão isentos de tarifas aeroportuárias.
“Precisamos ter uma intensidade de investimento que permita à população do interior acessar as grandes capitais e se movimentar pelo país com qualidade”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.
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