A companhia aérea Gol cortou oferta de assentos e elevou preços de passagens em dezembro, em meio a uma estratégia de melhora de sua rentabilidade num cenário de crescimento menor da demanda, altos preços de combustíveis e câmbio desfavorável.
A empresa, que em novembro anunciou o fechamento da Webjet, comprada um ano antes, registrou em dezembro uma alta anual de 7% no indicador de tarifa yield líquido, para entre 23 e 23,5 centavos de real. O yield representa o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro.
Já no quarto trimestre, a empresa teve yield cerca de 5% maior na comparação anual, para entre 21,9 e 22,4 centavos de real.
Segundo a companhia, a oferta de lugares em suas aeronaves foi cortada em 21% nos voos domésticos em dezembro na comparação anual, enquanto a demanda recuou 13,9%. Em voos internacionais, oferta e demanda cresceram 13,9% e 10,8%, respectivamente, na mesma base.
Com isso, a receita por assento ofertado (prask, na sigla em inglês) cresceu 14% em dezembro sobre o mesmo período de 2011 e avançou 11% no trimestre. "Esse aumento ocorreu em função do movimento de racionalização de oferta no mercado doméstico iniciada em março de 2012 pela Gol."
Mais cedo, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que a demanda brasileira por voos cresceu 6,79% em 2012, no pior resultado para o setor desde 2003, enquanto a oferta da indústria avançou 2,72%.
A Gol informou que o preço de combustível e lubrificantes em dezembro subiu cerca de 25% sobre o mesmo mês de 2011. No quarto trimestre, houve crescimento de 20% dessas despesas na comparação anual.
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