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Após EUA e Reino Unido, Canadá estuda restringir eletrônicos em voos


Após os EUA anunciarem a proibição de dispositivos eletrônicos nas cabines de voos a partir de oito países do Oriente Médio e do Norte da África, estimulando o Reino Unido a tomar uma medida semelhante, o Canadá também estuda obrigar que passageiros deixem estes objetos nas malas a serem despachadas. O motivo alegado é o temor de terrorismo.

O ministro dos Transportes do governo de Justin Trudeau, Marc Garneau, afirmou ter recebido material de Inteligência passado pelo secretário de Segurança Interna dos EUA, John Kelly, explicando as razões para o veto anunciado. A proibição estaria relacionada a uma ameaça recente da al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), grupo muito ativo no Iêmen, segundo fontes. Informações recentes indicam que a organização estaria aperfeiçoando técnicas para esconder bombas em baterias ou em compartimentos de aparelhos eletrônicos.

— Ele nos informou de uma situação que estamos analisando muito cuidadosamente — afirmou Garneau, ao revelar que o governo tomará uma decisão em breve. — Como um país que leva muito a sério o lado da segurança nos transportes, é nosso dever e obrigação conferir as informações que nos foram passadas por outras comunidades de Inteligência, o que faremos.

Depois de os Estados Unidos anunciarem a medida nesta terça-feira, o Reino Unido também proibiu dispositivos eletrônicos em voos a partir de seis países do Oriente Médio e do Norte da África. As restrições, que se aplicam a tablets, laptops, aparelhos de DVD e alguns tipos de telefones. O governo britânico disse que a medida é "necessária, eficaz e proporcional" e irá afetar oito companhias aéreas nacionais e seis estrangeiras.

No caso dos EUA, o governo de Donald Trump deu um prazo de 96 horas — a partir das 7h GMT (4h de Brasília) desta terça-feira — para que nove companhias aéreas de oito países de maioria muçulmana do Oriente Médio e do Norte da África proíbam seus passageiros de portar dispositivos maiores que telefones celulares ou smartphones na cabine.

Passageiros ainda podem viajar com esses itens, mas eles devem ser embalados em sua bagagem despachada. A proibição permanecerá em vigor por tempo indefinido, segundo autoridades federais.

— Se você assume que alguém quer transformar um laptop em uma bomba, funcionaria igualmente dentro do porão de carga — disse ao "Guardian" o pesquisador da Universidade da Califórnia Nicholas Weaver. — Se a preocupação é sobre hackear, um telefone é como um computador.

A proibição dos EUA afeta voos dos aeroportos internacionais na Jordânia, Kuwait, Egito, Turquia, Arábia Saudita, Marrocos, Qatar e Emirados Árabes Unidos. Algumas horas depois, a Turquia reagiu e pediu ao governo americano que levante a proibição à Turkish Airlines.

O governo Trump vem causando controvérsia até na Justiça com as medidas antiterror. Na mais recente ação barrada judicialmente, o presidente amenizava discretamente o tom em relação a um decreto anterior, mas mantinha o veto à entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana. A medida acabou suspensa na semana passada após juízes considerarem que ela continua violando direitos fundamentais.

Enquanto as medidas americanas aparentemente afetam apenas companhias estrangeiras, as tomadas pelo governo britânico atingem também as do país, como British Airways, EasyJet, Jet2, Monarch, Thomas Cook e Thomson. Entre as empresas estrangeiras, estão Turkish Airlines, Pegasus Airways, Atlas-Global Airlines, Middle East Airlines, Egyptair, Royal Jordanian, Tunis e AirSaudia.

Terroristas estão inovando para planejar ataques a aviões comerciais, alerta a Casa Branca

Segundo o porta-voz, os terroristas estão desenvolvendo métodos cada vez mais criativos para burlar a segurança dos aeroportos.

"Elevada inteligência de que estamos cientes indica que os grupos terroristas continuam a mirar na aviação comercial e estão agressivos na busca de métodos inovadores para realizar seus ataques, incluindo o contrabando de dispositivos explosivos em vários objetos de consumo", afirmou Spicer.

A partir desta terça-feira, os passageiros em voos com destino aos Estados Unidos e com origem em dez aeroportos do Oriente Médio e do Norte da África serão proibidos de trazer dispositivos eletrônicos maiores do que um celular em suas bagagens de mão.

As companhias aéreas têm 96 horas para cumprir a medida, cuja duração é indeterminada.



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