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Exército Brasileiro testa bimotor canadense Twin Otter


A fabricante canadense Viking Air trouxe um DHC-6 Twin Air para o Brasil. O avião, prefixo C-GVOT, do Canadá, está voando pela região norte do país há cerca de uma semana. A visita da aeronave é um cumprimento a um dos objetivos do “Plano Estratégico do Exército Brasileiro 2016-2019”, que prevê a aquisição de aeronaves de asa fixa.

Segundo comunicado do Comando Logístico do Exército Brasileiro (COLOG) divulgado no Facebook, a aeronave “realiza avaliação operacional” no Brasil com o Comando Militar da Amazônia (CMA). Atualmente, o Exército Brasileiro (EB) realiza operações aéreas independentes somente com helicópteros – traslados de avião são realizados em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB).

O teste de aeronaves é uma das etapas do programa que deve definir a escolha pelos aviões do EB, que serão operados pelo CMA. Além do Twin Otter, outros modelos sugeridos para a Aviação do Exército são o Cessna Caravan, Vulcan Air Observer e o Short C-23B Sherpa.

Como aponta o COLOG, o Twin Air será avaliado pelo CMA até quinta-feira (23), “realizando testes de módulos logísticos para verificação das possibilidades e limitações da referida aeronave”, completa a nota.

Clássico modernizado

Embora desconhecido no Brasil, o DHC-6 Twin Otter é um consagrado projeto da aviação em seu segmento, o dos chamados “aviões utilitários”. A aeronave foi desenvolvida pela De Havilland Canada (DHC) e fabricada entre 1965 e 1988.

A Viking Air, que trabalhava com a manutenção de aviões da DHC desde a década de 1970, adquiriu os direitos de produção do DHC-6 (na época em posse da Bombardier) e, em 2010, lançou uma versão modernizada do Twin Air, a “Series 400”.

Características como o trem de pouso fixo e asas e motores altos, permitem ao DHC-3 operar em pistas semi-preparadas. Pode ser um campo de terra, grama, gelo, areia ou até uma rua. Segundo dados do fabricante, o Twin Otter precisa de 366 metros de pista (ou algo parecido com uma pista) para decolar e 320 m para pousar. Como comparação, a pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tem quase 2 km de extensão.

No meio militar, o bimotor canadense também pode participar de operações de lançamento de paraquedistas. O Twin Air também tem forte presença no transporte aéreo regional de baixa densidade, novamente em locais com pousos e decolagens desafiadores.

A versão mais recente do DHC-6 foi homologada pela ANAC em novembro de 2016, sinal que o avião canadense tem passagem livre pelo Brasil.

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