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Varig completaria 90 anos no dia de hoje

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Dom 7/5/2017 - Uma data que certamente muitos terão na memória porque tem um significado histórico e quase centenário na aviação comercial brasileira. Hoje, 7 de maio, em 1927 foi o dia da fundação oficial da companhia que tinha o nome de Viação Aérea Rio Grandense mas que o mundo inteiro conheceu como Varig.

Ela chegou a ser a maior empresa do setor na América Latina, teve mais de 25 mil funcionários e uma frota recorde que alcançou 100 aeronaves. Sua expansão internacional teve inicio em 1942 com o voo entre Porto Alegre e Montevidéu.

Sob o comando de Rubem Berta - que sucedeu o fundador Ernst Mayer -, a Varig teve o primeiro modelo de ações trabalhistas, com os funcionários controlando a empresa através de uma fundação. Teve um período áureo, de quase três décadas, participou da criação da Ponte Aérea São Paulo-Rio, entrou na era a jato, adquiriu a Real Aerovias, criou a regional Rio-Sul, teve outra para o Nordeste, absorveu as linhas internacionais da Panair do Brasil e teve já na época da ditatura militar, operações de longo curso como os voos para Tóquio e Hong-Kong.

Estabeleceu uma tradição de bons serviços, especialmente a bordo, um requinte ainda hoje lembrado por passageiros, e não sòmente os brasileiros. O crescimento seguiu nos anos 70, comprou a Crueiro do Sul, e teve o monopólio internacional até 1990. Estabeleceu o primeiro clássico da publicidade brasileira com o celebre 'Varig, ‘Varig, Varig’...

Os jingles comercializados em rádio e tv faziam sucesso e permaneceram como entre os de maior memória. O ‘seo’ Cabral vinha navegando e a famosa peça do japonês Uroshina Taro.

Acidentes

Um acidente, o mais trágico na história da Varig, teve papel fundamental no rigor que passou a ser estabelecido sobre fumar dentro dos aviões. Em 1973, o voo RG-820 teve de fazer um pouso forçado no Aeroporto de Orly, em Paris, em razão de um incêndio no banheiro. 123 pessoas morreram. Em 1979, outro mistério: quando a companhia perdeu um 707, o PP-VLU, que fazia um voo de carga entre o Aeroporto de Narita, no Japão, e Los Angeles. A aeronave desapareceu por completo, sem deixar vestígios. Entre as lendas, a de que sumiu no Triângulo das Bermudas.

Em alta

A companhia adquiriu o famoso Boeing 747 em fevereiro de 1981 que passou a voar Nova York-Rio, depois para Frankfurt e Paris, com sucesso e lucros. Eram 355 lugares. A companhia chegou até a ter os B747-400 que levavam 438 passageiros. Em 1993, chegou a ter 11 aeronaves da familia Jumbo.



Além da frota, o serviço era de primeira. A companhia comprava safras de vinhos franceses e caviar russo em larga escala. Chegou a transportar 6,5 milhões de passageiros por ano, voava para 45 destinos no Brasil e 41 no exterior. Chegou a faturar US$ 2 bilhões por ano.,Foi também a primeira companhia brasileira a integrar uma aliança internacional, fez parte da Star Alliance.

Pimeira transportadora oficial da Seleção Brasileira de Futebol, a VARIG viveu a fase de ouro das conquistas da Copa, especialmente na do México

Crise

A Varig começou a morrer durante o Plano Cruzado, a partir de 1986, no governo Sarney. Quando houve o congelamento das tarifas aéreas por sete anos. Em 1991, no governo Collor, perdeu o monopólio de linhas internacionais, e no ano seguinte entrou no processo de declínio que a levou à falência menos de duas décadas depois.

Infelizmente, a turbulência de comando, dividas acumuladas e algumas das gestões nos ultimos anos antes de 2007 levaram a companhia à uma crise sem precedentes Dois anos antes havia feito um pedido de recuperação judicial.

Venda

Entre todas as situações instáveis posteriores, com venda de parte da companhia para a GOL, ainda transita no Superior Tribunal Federal uma dívida de R$ 6 bilhões da União, por conta do congelamento de tarifas do final dos anos 80, e que seria usada para pagamento dos fundos de Aerus, que chegou a sofrer liquidação extrajudicial.

Museu e instalações

Em Porto Alegre, onde durante tanto tempo foi o maior orgulho dos gaúchos, a VARIG tem dependências que ainda hoje são motivos de disputa. Entre elas, o Museu da própria companhia que está se esvaindo a cada dia pela falta de cuidados e manutenção. É assim que a VARIG está desaparecendo da nossa história.


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