HELENICE LAGUARDIA
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FOTO: JOAO GODINHO / O TEMPO
Durou só uma hora e meia a greve dos aeroviários da TAM e da Gol no aeroporto de Confins
Apesar da expectativa de greve geral nos aeroportos na noite desta quinta-feira, durou só uma hora e meia a greve dos aeroviários da TAM e da Gol no aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Nesta sexta, a categoria vai decidir se aceita ou não a contraproposta das empresas aéreas de reajuste de 6,5% para quem ganha acima do piso salarial.
Antes, a proposta era de aumento de 6,17%. Para quem ganha o piso salarial, de R$ 774, o reajuste previsto é de 10%. São 3.000 pessoas que trabalham no aeroporto de Confins. O sindicato da categoria reivindicava 10% de aumento para quem ganha acima do piso salarial e 14% para quem ganha o piso salarial.
“A assembleia é para ver se os trabalhadores querem bancar ou não a greve, mas o reajuste já melhorou (6,5%) e ficou um pouco acima da inflação”, disse o diretor do sindicato Nacional dos Aeroviários subsede Minas Gerais, Valter Aguiar.
Mas o movimento foi suficiente para provocar o atraso de dez voos no período de paralisação dos trabalhadores em Confins, com cinco chegadas e cinco partidas de diferentes empresas. Foram cerca de 300 trabalhadores, entre mecânicos de pista e operadores de rampa que cruzaram os braços a espera de uma nova proposta.
Um operador que não quis se identificar disse que trabalha seis horas por dia, sempre faz hora extra e ganha R$ 719. “Com os descontos, ganho R$ 600 e a empresa não paga domingo e nem feriado. Você não sabe o que acontece daquela porta ali para trás, no acesso a tripulantes”, reclamou.
Outro auxiliar de rampa, que também não quis se identificar, disse que trabalha há três meses no aeroporto de Confins, durante quatro horas por dia, e ganha R$ 528 mais o tíquete-alimentação. “Trabalho igual a um burro, descarregando bagagem, mas enquanto não arrumo outra coisa vou ficando aqui”, disse, desanimado.
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