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Seis denúncias de laser contra aviões foram registradas no Acre em 2016


Um relatório apresentado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Brasil (CENIPA), disponível no site da instituição, apontou que foram registradas seis notificações de emissão de Raio Laser contra aeronaves no espaço Aéreo do Estado do Acre em 2016 quatro a mais em relação a 2015.

Os registros foram reportados por pilotos da Gol Linhas Aéreas, Latam e de Controladores de Tráfego Aéreo. Os seis registros ocorreram no segundo semestre desse ano, e as emissões de feixe de Raio Laser sempre no horário das 21 horas a 23 horas na fase de aproximação e pouso das aeronaves.

As canetinhas que são vendidas livremente no comércio local podem provocar uma tragédia sem tamanho quando expostas contra a cabine da tripulação por segundos ou minutos. Cientistas americanos realizaram pesquisas com pilotos profissionais, em simuladores com o uso de canetas raio laser, e verificaram que o flash cegava temporariamente o piloto e até queimadura da retina ocular.

Em 2013, o piloto de uma aeronave da Asiana que fez um pouso de emergência no aeroporto de San Francisco (EUA) relatou ter sua visão dentro da cabine prejudicada por flashes e reacendeu a discussão sobre o tema. Na ocasião, duas pessoas morreram e 182 ficaram feridas

De acordo com o CENIPA, a incidência do feixe de luz do laser na visão do piloto é fator potencial de risco para a aviação. Pode acontecer formação de imagens falsas, ofuscamento, cegueira temporária, queimadura e até hemorragia na retina.

Entre os relatos mais graves do Acre, ocorreu no dia 11 de novembro quando a exposição de laser em 10 segundos forçou o piloto a desligar os faróis por alguns instantes da aeronave.

O órgão costuma alertar os pais para que orientem seus filhos, pois muitos jovens não sabem das consequências desse comportamento e desconhecem o risco para a aviação. A luz verde é forte o suficiente para afetar a segurança de voo, porque dificulta a leitura dos instrumentos no painel e a visão do ambiente externo para conduzir a aeronave no momento do pouso ou da decolagem.

Consequência para os responsáveis – A ação de apontar uma caneta de raio laser verde para um avião pode ser enquadrada como crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal Brasileiro. A lei prevê de dois a cinco anos de cadeia, porém caso haja um acidente com mortes, o responsável pode ser condenado até 12 anos.

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