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Avianca Brasil e Holdings planejam a fusão das empresas


A Avianca Brasil, quarta maior companhia aérea brasileira, e a Avianca Holdings, com sede na Colômbia, criaram um grupo de trabalho conjunto com objetivo de levar as duas empresas à uma fusão. A informação foi dada a jornalistas pelo presidente do conselho da Avianca Brasil e controlador da companhia, José Efromovich.

“As duas empresas têm o mesmo dono. Eu sempre disse que fazia sentido juntar. Mas antes não fazia sentido porque a Avianca Brasil operava no prejuízo e a Avianca Holdings era lucrativa e distribuía dividendos. Essa situação mudou. Estamos [a Avianca Brasil] há dois anos com Ebit [lucro antes de juros e impostos] positivo”, comentou Efromovich.

Ele e o irmão, German Efromovich, são os donos do Grupo Synergy, que controla as duas empresas — a Avianca Brasil e a Avianca Holdings. José Efromovich responde pela operação no Brasil, e German pela colombiana.

José Efromovich disse que a fusão pode ocorrer ainda neste ano. “A fusão precisa ser aprovada pelos dois conselhos. Na Avianca Brasil será mais fácil porque é uma empresa de capital fechado. Já na Avianca Holdings, o processo pode demorar mais porque é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas em bolsa e ADRs em Nova York”, lembrou José Efromovich.

Nos seis primeiros meses de 2016 — dados mais recentes públicos —, a receita da Avianca Brasil somou R$ 1,4 bilhão. Assim, a receita anualizada da Avianca Brasil está na casa de R$ 2,8 bilhões.

A Avianca Brasil teve prejuízo líquido de R$ 142,5 milhões nos seis primeiros meses de 2016, para uma receita de R$ 1,4 bilhão.

Os custos dos serviços prestados somaram R$ 1,89 bilhão, as despesas de vendas atingiram R$ 68,8 milhoes e as despesas gerais e administrativas, R$ 118,1 milhões.

O lucro antes de juros e impostos da Avianca Brasil no primeiro semestre de 2016 foi de R$ 6,9 milhões, ante um ganho operacional de R$ 33,7 milhões em igual período de 2015.

A empresa transportou 9,5 milhões de passageiros em 2016 e projeta atender 11 milhões de embarques neste ano, com o lançamento de novas rotas, inclusive duas para o exterior — Miami (Estados Unidos) e Santiago (Chile).

A Avianca Holdings fechou 2016 com receita de US$ 4,1 bilhões e lucro líquido de US$ 44,2 milhões. A companhia transportou 29,5 milhões de passageiros ano passado.

José Efromovich afirmou que as negociações com a Avianca Holdings não depende das conversas que a companhia colombiana está tendo com a americana United Airlines, terceira maior empresa de aviação dos Estados Unidos.

“A United tem uma conversa com a Avianca Holdings e outra com a Avianca Brasil”, disse Efromovich. “No nosso caso estamos conversando parcerias comerciais.”

A United e a Avianca Holdings negociam acordos comerciais e societários que não foram detalhados ainda. As conversas são alvo de disputa judicial, uma vez que o segundo maior acionista da Avianca Holdings, o Kingsland, é contrário à sociedade.

José Efromovich descartou também recorrer ao mercado de capitais ou de dívida este ano. “Somos a empresa menos alavancada do setor no Brasil. Nosso plano de negócio não precisa de dívida ou caixa neste ano. As aeronaves que estão chegando têm sistema próprio de financiamento”, disse o executivo, referindo-se aos cinco novos Airbus que a empresa está recebendo em 2017 — dois A320neo, de um corredor, e três A330 neo de dois corredores.

Efromovich afirmou ainda que a abertura de capital da concorrente Azul, programada para estrear na Bovespa na próxima sexta-feira, será positiva. “É bom para o setor porque traz recursos para a aviação", disse o empresário.

José Efromovich negou que tenha negociado ou que esteja em conversas para qualquer tipo de parceria ou sociedade com a Azul.

Segundo ele, fato de a United ser sócia minoritária da Azul — é dona de 5% do capital desde julho de 2015 — não impede que também possa ser parceira da Avianca.

“Somos complementares [Avianca e Azul]. Só somos concorrentes em menos de 3% de nossas rotas”, disse Efromovich.

O executivo afirmou que a demanda brasileira está reagindo e que a companhia vai fechar março com uma participação de mercado na casa de 13%, acima dos 12% de fevereiro.

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