Ter 2/5/2017 12:13h - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pode liberar nesta terça-feira (2/5) a volta de voos comerciais, de grande porte, no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).
Atualmente, o aeroporto recebe somente aviões de menor porte, que fazem taxi aéreo. O pedido de liberação de voos comerciais partiu da Infraero, estatal que administra o aeroporto.
A assunto é polêmico porque atinge diretamente outro aeroporto, o de Confins, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte e que, desde de 2005, passou a concentrar os voos de grande porte que atendem a capital mineira.
Concedido em 2014, Confins deve perder passageiros e receita para Pampulha se a Anac aprovar a liberação dos voos comerciais no aeroporto da Pampulha. De acordo com uma fonte da Anac, a Pampulha tem potencial para absorver de 1,5 milhão a 2 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 20% do movimento registrado em 2016 por Confins.
Por outro lado, a liberação dos voos comerciais em Pampulha pode ajudar a melhorar o caixa da Infraero, que no ano passado registrou prejuízo de R$ 767 milhões. Em 2015, Papulha teve prejuízo de R$ 21,9 milhões.
A Infraero é sócia na concessão de Confins, com 49% de participação. O aeroporto é administrado pela concessionária BH Airport que, além da estatal, tem como sócias a CCR e a Zurich Airport.
Infraero e ministério
A reabertura de Confins tem gerado atrito entre a Infraero e o Ministério dos Transportes, que já emitiu um parecer contrário à reabertura por temer o impacto na concessão de Confins.
Entretanto, a área técnica da Anac foi favorável à liberação do terminal da Pampulha e essa posição deve ser seguida pelo relator do processo, o diretor Juliano Noman. O G1 apurou que a área técnica não encontrou restrições para a volta dos voos de grande porte no aeroporto.
Além disso, contrato de concessão do aeroporto de Confins não prevê nenhum tipo de reserva de mercado para o terminal.
Atualmente, a Pampulha é usada para voo executivos e regionais, com até 72 passageiros. A autorização da Anac vai liberar o aeroporto para operar jatos maiores, com capacidade superior a 110 passageiros.
Caso a Anac autorize a reabertura do terminal para voos de maior porte, as empresas aéreas poderão solicitar frequências de voos, que então dependerão do aval da Infraero, que administra o aeroporto, e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão subordinado ao Comando da Aeronáutica.
Empresas
A Avianca, que não voa para Belo Horizonte, informou que “está sempre avaliando possibilidades que agreguem resultados ao negócio e benefícios aos clientes” e que está trabalhando para retomar as operações em Belo Horizonte.
Em nota, a Latam informou que segue atenta às necessidades dos clientes para iniciar, ampliar ou adequar suas operações.
“Os voos são constantemente avaliados conforme a demanda de cada região. No momento, não estão previstos voos para o aeroporto de Pampulha”.
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