Depois de passar mais de dois anos no espaço, a nave espacial X-37B retornou à Terra, pousando com segurança no centro espacial da NASA, na Flórida, nos Estados Unidos, nesse domingo (7). O que o veículo estava fazendo a tanto tempo no espaço, porém, ninguém sabe, exceto os militares da Força Aérea dos EUA (USAF), responsável pelas operações do aparelho.
Este foi o quarto e mais longo voo da espaçonave, que desta vez passou 718 dias em órbita. O X-37, fabricado pela Boeing, foi projetado originalmente para a NASA utilizá-lo na reparação de satélites em órbita, em 1999. No entanto, em 2004, o programa foi delegado a USAF e desde então classificado como secreto.
O X-37 vem realizando voos orbitais desde 2010, todos com missões secretas. Segundo especialistas, o aparelho pode ser usado tanto para testar novas tecnologias quanto para o transporte de satélites. Potencialmente, a nave não tripulada também pode ser equipada com armas, mas o Pentágono garante que isso não faz parte de seus planos.
A única informação divulgada pela USAF sobre o programa X-37 é que trata-se do veículo espacial reutilizável com a tecnologia mais avançada da atualidade. A nave tem uma concepção semelhante a dos antigos ônibus espaciais da NASA, com um porão de carga para descarregar objetos do espaço e corpo revestido com material especial para resistir ao calor da reentrada na atmosfera terrestre.
Teorias
A mídia dos EUA já levantou algumas teorias sobre a função do X-37. Uma delas aponta que o veículo pode ser uma plataforma de armas no espaço, com objetivo de atacar alvos na superfície terrestre ou satélites em órbita. Essa hipótese, porém, é a mais descartada.
Outra possibilidade, e mais plausível, é que a espaçonave seja um meio de espionagem, com capacidade para interceptar atividades e comunicações de satélites de vigilância, tanto civis como militares.
Seja qual for o papel da X-37, a operação contínua da nave espacial certamente indica que algo sendo verificado. E pelo visto ainda não terminou: o veículo não tripulado está programado para retornar ao espaço no próximo semestre. E, novamente, a missão será secreta.
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